370 mil franceses vão às ruas mesmo com pouca esperança de barrar reforma da Previdência
Após reunir 1,3 milhão de pessoas contra a reforma da Previdência na terça, os franceses foram mais uma vez convocados a se manifestarem neste sábado (11). Os sindicatos e partidos progressistas queriam mostrar força diante de um Senado que aprova às pressas o impopular projeto de Emmanuel Macron. A mobilização, no entanto, foi bem menor que o esperado: 368 mil manifestantes em todo o país, segundo o Ministério do Interior. Para 78% dos franceses, a reforma será aprovada e vai entrar em vigor.
Este foi o sétimo protesto nacional desde janeiro contra a reforma de Macron que pretende, entre outras coisas, aumentar a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos.
Somadas as manifestações registradas em toda a França, a polícia indica um total de 368 mil pessoas nas ruas. Para os sindicatos, o número chegou a um milhão.
Em Paris, o protesto começou na tradicional praça da República durante a tarde. Cerca de 48 mil pessoas, segundo a polícia, marcharam por quase quatro quilômetros até o 11° distrito da capital. Os sindicatos falam em 300 mil pessoas. Em qualquer uma das duas contagens, entretanto, é nítida a redução na mobilização. O protesto deste sábado foi o que reuniu menos pessoas.
Enquanto parte da França marchava nas ruas, os senadores se reuniam no Palácio de Luxemburgo para adiantar a votação do projeto de lei, que foi analisado artigo a artigo ao longo da semana.
Cartada final?
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