A governadores, Lula diz que 'atos terroristas não vão se repetir'
Presidente garantiu busca pela democracia e que a oposição será livre
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta sexta-feira (27) com os 27 governadores do Brasil. A eles, o chefe do Executivo garantiu que os atos terroristas ocorridos no último dia 8, em Brasília, "não vão se repetir".
"Nós vamos mostrar ao povo brasileiro que o ódio acabou. Que o que aconteceu no dia 8 de janeiro não vai se repetir", declarou.
Promessa de oposição livre
Lula prometeu um país com oposição livre para que tudo "volte à normalidade". "Vamos recuperar a democracia nesse país, e a essencialidade da democracia é falar o que quer, desde que não obstrua o direito do outro falar."
Em busca deste objetivo, o presidente garantiu que, durante seu mandato, não fará distinção no trato com governadores que apoiam a sua liderança ou fazem oposição.
"Em cada estado que eu for, eu irei visitar o gabinete do governador, a não ser que ele não queira. Não vou fazer que nem os terroristas e invadir o gabinete do governador. Mas não quero chegar a um estado e ter o governador como inimigo, porque votou em fulano ou cicrano", comentou.
Outros pontos debatidos
Entre outros pontos, Lula também acenou aos governadores com a liberação de recursos via Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES) e disse que discutirá a questão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“Eu falo que o Brasil precisa voltar a normalidade. Eu vou trabalhar muito, conversar muito, para que o Poder Judiciário faça o papel do Poder Judiciário, que o Congresso Nacional faça o papel do Congresso Nacional."
Além do presidente e dos governadores, participaram do encontro:
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara;
Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso;
Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais;
Rui Costa, ministro da Casa Civil;
Nísia Trindade, ministra da Saúde;
Flávio Dino, ministro da Justiça;
Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
Márcio Macedo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência