Após posse de Lula, acampamento bolsonarista em Brasília fica vazio
Após a posse de Lula, acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército fica vazio;
Barulhos de cultos, buzinaços e rodas de conversa deram lugar ao silêncio;
Caminhoneiros abandonaram o local de manhã e estacionamento destinado a manifestantes ficou vazio.
Após a posse de Lula, a atividade de acampamentos bolsonaristas em frente ao quartel do Exército em Brasília chegou a quase zero. Segundo reportagem do UOL, o espaço lotado de pessoas em cadeiras de praia deu lugar a um ambiente vazio e com manifestantes recolhendo suas coisas.
O silêncio também substituiu as marchas militares e o hino à bandeira, frequentemente tocados durante os protestos golpistas. Cultos, buzinaços e rodas de conversa cessaram e um único homem foi visto olhando ao redor.
Além desses sinais, outras atividades deixaram claro que os acampamentos estavam em seus dias finais. Ônibus recolhendo pessoas, barraca restaurante sem fila, garis limpando o local do acampamento e recolhendo entulho são alguns dos observados.
Por volta das 9h, caminhoneiros abandonaram a frente do QG militar buzinando. O estacionamento, ocupado por manifestantes que iam aos protestos de carro - geralmente, moradores de Brasília - ficaram vazios com a falta das antigas presenças.
O que motivou o fim do acampamento?
As principais razões para o cenário são a posse de Lula, que transcorreu normalmente neste domingo (1º), e a postura dos ex-líderes. Em live de despedida, Jair Bolsonaro (PL) criticou o governo do petista, mas não incitou um golpe, como esperavam seus apoiadores. Ele deixou o Brasil rumo à Flórida, nos Estados Unidos.
O ex-vice-presidente Hamilton Mourão, por sua vez, se tornou alvo de críticas de bolsonaristas depois de sugerir a volta da normalidade em rede nacional. Sem citar nomes, reclamou do silêncio de “lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação”. O discurso provocou frustração nos manifestantes que permaneciam em frente aos quartéis no começo deste ano.
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