Com valor recorde da Apple, Jobs poderia ser o mais rico do mundo
Steve Jobs vendeu quase todas as suas ações da empresa nos anos 1980
Se mantivesse os 11% que tinha da Apple, Jobs teria sido homem mais rico do mundo
Hoje, participação de Jobs seria equivalente a quase US$ 22 bilhões
Na última segunda-feira (03), a Apple se tornou a primeira empresa a atingir uma capitalização de mercado de US$ 3 trilhões (cerca de R$ 17 trilhões) - mais de nove vezes o que a empresa valia quando o fundador Steve Jobs morreu de câncer em 2011. Ao contrário de outros lendários magnatas da tecnologia como Jeff Bezos, Elon Musk e Mark Zuckerberg, Jobs possuía muito pouco da Apple na época de sua morte - a maior parte da fortuna que Jobs passou para a esposa veio de uma participação de cerca de 8% na Disney, que o mesmo adquiriu quando vendeu o estúdio de animação que cofundou, a Pixar, para a Disney em 2006.
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11% da Apple, antes de ser expulso
Com base no valor atual da Disney, a participação de Jobs agora seria de quase US$ 22 bilhões (mais de R$ 125 bi). Mas em uma história alternativa, Jobs poderia ter ficado com um pedaço maior da Apple e acabado como o homem mais rico do mundo. Jobs possuía cerca de 11% da Apple quando a empresa abriu o capital em 1980. Cinco anos depois, ele foi expulso da empresa e vendeu furiosamente todas as suas ações, exceto uma, dizendo que não tinha fé na liderança da empresa. Ele manteve a ação única para que pudesse acessar os relatórios dos investidores.
Homem mais rico do mundo
Com a Apple atingindo capitalização de US$ 3 trilhões na segunda-feira, uma participação de 11% valeria agora cerca de US$ 330 bilhões (quase R$ 1,8 trilhões). Isso colocaria Jobs à frente do homem mais rico do mundo, Elon Musk, que tem um patrimônio líquido de US$ 298,7 bilhões (R$ 1,7 trilhões) - assim como Jeff Bezos, que tem um patrimônio líquido de US$ 195,8 (R$ 1,1 trilhões), de acordo com a Forbes.
Retorno à Apple
Depois de mais de uma década fora da Apple, Jobs voltou à empresa como CEO em 1997. Embora tenha recebido milhões de ações em compensação, o tecnólogo nunca recuperou nada perto de sua participação original. Durante sua segunda gestão como CEO, Jobs também foi pego em um escândalo de opções de ações.
A Securities and Exchange Commission acusou a Apple de retroagir - o que envolve escrever ilegalmente a data errada em acordos para dar opções de ações aos funcionários - a fim de dar a Jobs e outros executivos pacotes de remuneração melhores e para evitar impostos. Jobs e Apple acabaram fechando uma ação judicial contra o escândalo de US$ 14 milhões (cerca de R$ 80 mi), enquanto outros executivos pagavam multas menores.