• Stable Diffusion, DALL-E e Midjourney são uns dos principais nomes desses algoritmos;

• Big Techs também desenvolveram suas IA próprias do gênero;

• China requer que artes e mídias criadas com os algoritmos tenham uma marca d'água explícita.

As inteligências artificiais geradoras de conteúdo têm apresentado uma evolução tão rápida que seus feitos já extrapolam o limite do que muitos acham aceitável. Um dos casos mais recentes é com as geradoras de imagem, que têm sido alvo de críticas por artistas e defensores da propriedade intelectual.

Algoritmos, como o DALL-E, Midjourney e Stable Diffusion são capazes de criar imagens a partir de comandos humanos. É possível pedir a essas inteligências artificiais que gerem uma imagem de "um cachorro correndo atrás de um tatu bola no estilo de Pablo Picasso". Cada uma delas irá resultar em uma obra diferente e é possível ajustar o comando para obter exatamente o que se quer.

Artistas, no entanto, têm criticado esses algoritmos. Enquanto alguns veem nessas IA o fim da demanda por artes comissionadas, outros protestam pelo processo de criação dessas obras. Acontece que para gerar essas imagens com precisão, os algoritmos foram treinados a partir de conjuntos de figuras, ilustrações e obras artísticas disponíveis online.

Ou seja, obras de artistas protegidas por direitos autorais foram usadas para calibrar os algoritmos de inteligência artificial. Isso fez com que em muitos resultados as assinaturas dos artistas aparecessem nas obras criadas pelas IA, e o questionamento ético surgiu. Afinal, é certo que os artistas tivessem suas artes roubadas para treinar um programa do qual não participaram e que ameaça suas profissões? Para especialistas, no mínimo houve uso indevido das imagens.

Enquanto a situação não demonstra ter uma solução clara, com argumentos acalorados tomando conta do debate, na China o governo já emitiu novas regulamentações que proíbem a criação desse tipo de mídia (imagens, áudios ou vídeos) sem nenhum tipo de marca d'água visível. A legislação também exige que as empresas por trás dessas tecnologias mantenham registros atualizados sobre seus usuários, de modo que o uso criminoso dessas IA possa ser julgado na Justiça.