Asteroide do tamanho de um ônibus passará 'bem perto' da Terra
Apesar da proximidade, a rocha 2023 BU dificilmente provocará algum tipo de dano
Um asteroide do tamanho de um ônibus, conhecido como 2023 BU, está prestes a passar perto da Terra nas próximas horas. De acordo com os cientistas, a rocha espacial fará uma trajetória rente ao extremo sul da América do Sul nesta quinta-feira (26), após às 21h, no horário de Brasília.
A expectativa é de que o asteroide fique a uma distância de 3.600 km do nosso planeta, considerada pequena. O 2023 BU só foi captado no fim de semana passado pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov, que opera em Nauchnyi, na Crimeia - península que a Rússia tomou da Ucrânia em 2014.
Como é o 2023 BU
A rocha tem um tamanho estimado de 3,5m a 8,5m de diâmetro;
Previsões apontam que vai atingir sua altitude mais baixa às 21h27;
A órbita do asteroide ao redor do Sol é praticamente circular, como a da Terra, e leva 359 dias para dar uma volta completa;
Entretanto, a órbita deve mudar ao encontrar a Terra;
Isso porque nosso planeta vai atraí-lo e ajustar a trajetória dele pelo espaço;
Após o encontro, o asteroide demorará cerca de 425 dias para completar uma órbita.
Há riscos de sermos atingidos?
Apesar de entrar no arco ocupado pelos satélites de telecomunicações mundiais, que ficam a 36 mil km acima de onde estamos, o asteroide não vai atingir a Terra.
Mesmo se entrasse em colisão com nosso planeta, seria muito difícil provocar danos, já que, devido a seu tamanho, se desintegraria no alto da atmosfera. Ainda assim, produziria uma bola de fogo espetacular.
Comparações. O meteoro de Chelyabinsk, que entrou na atmosfera da Terra sobre o sul da Rússia em 2013, tinha cerca de 20 metros de diâmetro – mais que o dobro do estipulado para o 2023 BU.
O único efeito que provocou foi uma onda de choque que quebrou janelas na superfície da Terra.
Segundo a NASA (agência espacial norte-americana):
Para causar ferimentos, o asteroide tem que ter cerca de 25 metros de comprimento – o que só aparece uma vez em cada 100 anos.
Possíveis mortes são provocadas com rochas com 140 metros, que surgem uma vez a cada 20 mil anos.
Já para devastação global é necessário um asteroide de mil metros, cuja frequência é detectada a cada 500 mil anos.
Para extinções em massa, é preciso esperar de 100 a 200 milhões de anos, quando surge um asteroide de mais de 10 mil metros.