Atirador de Buffalo já tinha ameaçado escola, dizem autoridades
Atirador de Buffalo já tinha ameaçado escola, dizem autoridades
Rapaz matou dez pessoas e deixou três feridas em um supermercado em Buffalo
Ele se inspirou em outros massacres feitos ao redor do mundo
O atirador de 18 anos acusado de matar dez pessoas em um supermercado em Buffalo, no estado de Nova York, tentou fazer um massacre em uma escola na cidade de Conklin em junho do ano passado, disseram as autoridades. A informação foi registrada pela rádio americana NPR.
"A polícia estadual respondeu. Eles investigaram, entrevistaram o sujeito, e acharam que era apropriado trazê-lo para uma avaliação de saúde mental", disse o comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia, em uma entrevista coletiva.
Segundo o jornal, a ameaça era geral e não dirigida a uma pessoa ou lugar específico e, após um dia e meio no hospital, o suspeito foi liberado.
As autoridades não informaram quando o rapaz adquiriu as três armas que usou para matar em Buffalo, se foi antes ou depois da avaliação de saúde mental.
Entenda o caso
O ataque no supermercado foi planejado pelo atirador de forma detalhada e, na internet, ele publicou um manifesto de 180 páginas para explicar de onde veio a inspiração para abrir fogo contra a população no local.
Ele se inspirou em outros massacres feitos ao redor do mundo, como as mortes em mesquitas na Nova Zelândia e um ataque no Texas. Além disso, falou sobre a teoria da “grande substituição”, ideia racista e xenófoba, que diz que, ao longo do tempo, os brancos serão extintos e substituídos por negros, latinos e muçulmanos.
O atirador explicou ainda que agiu como um lobo solitário, isto é, sem ajuda de outras pessoas. Ao mesmo tempo, ele revelou que participava de fóruns online, nos quais são propagadas teorias conspiratórias.
Além das 10 vítimas fatais, três pessoas ficaram feridas no ataque de cunho racista. A Casa Branca descreveu o crime como um ato de “terrorismo doméstico”. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se pronunciou sobre o ocorrido.
“Um atirador solitário, equipado com armas de guerra e a alma repleta de ódio, matou dez pessoas inocentes a sangue frio”, declarou o presidente em Washington. “Nós devemos trabalhar juntos para combater o ódio que continua sendo uma mancha na alma da América.”