Ativista tira calcinha e usa para resgatar jumento em via no Ceará; veja o vídeo
Stefani Rodrigues é presidente de uma ONG de proteção a animais
Ela ia para a organização quando viu dois jumentos em uma via na cidade de Maracanaú
Sem outra forma de prender os animais, ela utilizou a própria calcinha
Uma mulher utilizou a própria calcinha para resgatar um jumento que parecia perdido em uma via na cidade de Maracanaú, no Ceará. Ela compartilhou o momento nas redes sociais durante o episódio, no último domingo (10).
Stefani Marinho Rodrigues, de 41 anos, dirigia seu carro a caminho do abrigo sem fins lucrativos Anjos da Proteção Animal (APA), organização da qual é presidente, quando se deparou com dois jumentos caminhando no Anel Viário.
Leia também:
Botijão a R$ 100, crise e desemprego trazem de volta o fogão a lenha
'Bolsoagro patrocina a fome': grupo invade e picha sede da Aprosoja em Brasília; assista
Militares condenados: como foi operação com 257 tiros que resultou na morte de músico e catador
Preocupada com a integridade física dos animais – um deles filhote –, ela estacionou o veículo e deu início a uma série de tentativas de resgate. Sem encontrar outra opção para prender um dos jumentos, ela retirou a própria calcinha e colocou em volta do pescoço dele.
"Parei meu carro, tentei seguir os animais e eles ficaram acelerando os passos. Consegui colocar os dois em cima da calçada de um posto de combustível e pedi cordas aos funcionários ou algum instrumento que pudesse segurar o animal. Não obtive essa ajuda, e a única maneira que eu encontrei de segurar o animal foi retirar a minha calcinha e usar para segurar ele. Parece cômico, mas foi a única maneira que encontrei para ajudar aquela vida naquele momento", contou em entrevista ao G1.
Em vídeo compartilhado nas redes sociais enquanto resgatava os animais, Stefani contou o que havia feito e que aguardava a “chegada do frete” para transporte dos jumentos.
A ativista relatou, ao G1, que os animais foram levados para um sítio da APA. "Os jumentos foram avaliados por veterinários e estão recebendo suporte de alimentação."
ONG funciona há anos no Ceará
A APA está registrada formalmente desde 2015, mas, segundo Stefani, funciona há muito mais tempo e já resgatou mais de 500 animais. A ONG se mantém por meio de doações.
"Hoje dou continuidade ao trabalho que meu pai sempre realizou com os animais, dentro da proteção animal. Minha luta vem do berço e eu faço por amor e compaixão. É uma luta muito valorosa, pois estamos salvando vidas, vidas que são esquecidas pelo poder público", apontou a ativista.