Atos antidemocráticos bloqueiam avenida 23 de Maio, em São Paulo
Por volta das 17h, eles deixavam o local e caminhavam em direção à avenida Sargento Mário Kozel Filho
Aos gritos de "a nossa bandeira jamais será vermelha", manifestantes golpistas ocuparam a avenida 23 de Maio, uma das principais vias da capital paulista, na tarde deste domingo (8). A via foi fechada, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Os manifestantes tomaram a avenida pouco antes das 15h30 e ficaram ali por cerca de uma hora e meia. Diversos pontos foram bloqueados, segundo o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar).
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Por volta das 17h, eles deixavam o local e caminhavam em direção à avenida Sargento Mário Kozel Filho, onde fica o quartel do Comando da 2ª Região Militar e a Assembleia Legislativa.
No local, entre os cartazes, havia frases como "forças armadas salvem o Brasil". De acordo com a CET, a avenida 23 de Maio foi, por enquanto, a única via bloqueada na cidade por atos desse tipo neste domingo.
Os atos acontecem no mesmo dia que manifestantes golpistas invadiram, em Brasília, áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo em Brasília e entraram em confronto com a Polícia Militar.
A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.
Neste domingo, a Polícia Militar lançou bombas de efeito moral contra um grupo de centenas de manifestantes. Eles vieram do acampamento diante do Quartel-General do Exército, chegaram à Esplanada e se concentraram inicialmente em frente ao Ministério da Justiça.
A ação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que culminou com a invasão de áreas do Congresso Nacional neste domingo (8) guarda semelhanças com um evento ocorrido nos Estados Unidos que completou dois anos nesta semana.
Em 6 de janeiro de 2021, insuflados pelo então presidente Donald Trump, manifestantes invadiram o prédio do Legislativo americano, em uma tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden na eleição de 2020 o republicano e seus seguidores sustentam até hoje o discurso mentiroso de que o pleito foi fraudado.