Bakhmut, no leste da Ucrânia, está "cercada", afirma grupo paramilitar russo Wagner
O grupo paramilitar russo Wagner, que está na linha de frente no conflito na Ucrânia, afirmou nesta sexta-feira (3) que a cidade de Bakhmut, no leste do país, está "praticamente cercada", e pediu ao presidente Volodymyr Zelensky que ordene a retirada de suas tropas.
A batalha por Bakhmut, uma cidade industrial de importância estratégica, começou em meados do ano passado e provocou muitas baixas dos dois lados do conflito. A cidade virou um símbolo da guerra, por ser o epicentro dos combates entre russos e ucranianos há muitos meses.
As forças russas avançaram nas últimas semanas para o norte e sul de Bakhmut. Em seguida, cortaram três das quatro rodovias utilizadas para o abastecimento das tropas ucranianas na cidade. "As unidades Wagner têm Bakhmut praticamente cercada, resta apenas uma rodovia para sair da cidade", declarou o fundador e comandante do grupo paramilitar, Yevgueny Prigozhin, em um vídeo publicado no Telegram.
Prigozhin pediu a Zelensky - que havia prometido defender Bakhmut "pelo maior tempo possível” - que ordene a retirada das tropas ucranianas da cidade, em grande parte destruída. "Se antes enfrentávamos um exército ucraniano profissional, que lutava contra nós, hoje vemos cada vez mais velhos e crianças. Eles lutam, mas a vida deles em Bakhmut é curta, um ou dois dias", alertou Prigozhin.
"Dê a oportunidade para que abandonem a cidade, está praticamente cercada", acrescentou o comandante do grupo Wagner. O vídeo mostra em seguida três pessoas, um idoso e dois jovens, que pedem a Zelensky permissão para deixar a região.
Combates intensos
(Com informações da AFP)
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