Barcos superlotados de migrantes são resgatados na Itália duas semanas após naufrágio que matou mais de 70

AFP - HANDOUT

Mais de 1.300 migrantes foram resgatados pela Guarda Costeira e pela Marinha italianas neste sábado (11) a bordo de barcos superlotados que lutavam para não afundar no Mediterrâneo central, menos de duas semanas após um naufrágio mortal na costa sul da Itália, anunciaram os serviços de emergência.

As operações de resgate foram realizadas no mesmo dia em que o corpo da 74ª vítima - uma menina de cinco a seis anos - foi descoberto na tragédia ocorrida há quase duas semanas na cidade calabresa de Crotone, segundo a agência de notícias AGI.

A Justiça abriu uma investigação sobre essa tragédia, em especial para tentar explicar a chegada tardia do socorro. Este naufrágio chocou a Itália e gerou fortes críticas ao governo de extrema direita de Giorgia Meloni, eleita em uma linha anti-imigração.

A Guarda Costeira e a Marinha italiana enviaram vários navios na sexta-feira (10) para ajudar três barcos, que transportavam centenas de migrantes, avistados no Mediterrâneo central, uma das rotas migratórias mais perigosas do mundo.

Neste sábado, por volta das 02h00 GMT (23h de sexta-feira em Brasília), 487 migrantes foram trazidos de volta sãos e salvos ao porto de Crotone, disseram trabalhadores humanitários. Vídeos da Guarda Costeira, divulgados na sexta-feira, mostraram alguns deles no convés de um grande barco de pesca balançando em mar agitado.

Um terceiro barco com 379 pessoas foi resgatado por dois barcos de patrulha da guarda costeira e os migrantes transferidos para um navio da Marinha com destino ao porto siciliano de Augusta.

Luta contra imigração ilegal


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