BBB23: Gabriel tentou ser vítima e vilão, mas estratégia não colou
Modelo foi o segundo eliminado do programa após declarações agressivas, comentários racistas e gordofóbicos
"O bem venceu". Foi com essas palavras que internautas no Twitter vibraram com a eliminação de Gabriel Fop (com 53,3% dos votos) do BBB23. O modelo disputou o paredão contra a ativista Domitila Barros (46,09%) e o enfermeiro Cezar Black (0,61%), mas saiu por uma pequena diferença de votos na noite desta terça-feira (31).
Em suas duas semanas na casa — e antes dela, quando estava na Casa de Vidro —, o modelo tentou emular o estilo de jogadores como Felipe Prior. O participante do BBB20 marcou a história do programa como sobrevivente de um grupo considerado "vilão" e por ter revertido a dinâmica da edição, se beneficiando do ranço que o público começava a sentir "das fadas".
Já Gabriel não foi bem-sucedido em construir sua própria trajetória como jogador. Não houve narrativa para isso — praticamente todo o elenco deste ano se autodeclara estratégico — e sua tentativa de parecer frio e calculista foi um tiro no pé, vide a forma como os adversários trouxeram à tona a declaração sobre “morder o pescoço” de um aliado.
🚨Fred Nicácio bate de frente com Gabriel: “Você é uma pessoa fria e calculista, que morde o pescoço de quem tá do lado. Você é inconfiável”. pic.twitter.com/aXlVNsbu2T
— VTzeiros #BBB23 🍿 (@vtzeiross) January 21, 2023
🚨Cezar para Gabriel: pra mim quem morde pescoço é cobra, bicho venenoso. #BBB23
Essa parte não exibida na edição pic.twitter.com/qEYbq6N688— Porffyz #BBB23🔻 (@Porffyz) January 22, 2023
Também não deu certo o papel de vítima. O modelo se queixou de ser alvo da casa, das broncas dos amigos, do tratamento dos adversários... sem refletir que tudo isso foi consequência das suas atitudes e declarações agressivas. Mas faltou pouco para convencer o público a lhe deixar permanecer no jogo.
Desde domingo (29), após a formação da berlinda, as enquetes parciais surpreenderam por mostrar que o modelo poderia ser salvo. Nas redes sociais e fora delas, não faltava defesa para o rapaz que pedia uma segunda chance. Venceu, no entanto, a torcida que percebeu os danos que a permanência dele provocaria no programa.
Série de preconceitos
Além de ter sua participação no Big Brother Brasil marcada por um relacionamento tóxico com Bruna Griphao, Gabriel colecionou momentos preconceituosos em seus últimos dias na casa. O modelo fez comentários racistas sobre o cabelo de Bruno, quando comparou (e repetiu) que parecia "o carpete da grama" do jardim. Ele também foi gordofóbico com o colega, o comparando ao gato Garfield.
Por tudo isso, mereceu sair. Fora do confinamento, caso se dedique, pode entender tudo que fez de errado e buscar melhorar. Na casa, o jogo segue com possibilidade de novas narrativas, dinâmicas e menos preconceito.