Bebê no DF nasce após passar por cirurgia ainda no útero
Resumo da notícia
Bebê precisou fazer cirurgia inédita ainda dentro do útero da mãe
Foram duas cirurgias para retirada de tumor de Ragna
Segundo procedimento queimou todo o tumor e durou quatro horas
O filho de Polyana Resende Brant e Tiago Resende Brant, Ragna, precisou fazer um procedimento cirúrgico inédito antes de nascer. O procedimento era considerado de alto risco, com o bebê ainda no útero da mãe, foi feito no Distrito Federal.
Segundo o portal Metrópoles, no sexto mês, o bebê foi diagnosticado com um quadro grave de hidropsia e sequestro pulmonar. A hidropsia doença pode levar a derrames pleurais, abdominais, subcutâneos, intracranianos e testiculares. As duas doenças poderiam levar à morte fetal e, por isso, foi feita uma cirurgia de urgência.
Quando o bebê recebeu o diagnóstico, os pais começaram a buscar tratamentos. “Descobrimos esse tumor – que estava sendo irrigado por vários vasos –, e um exame apontou que ele começou a crescer. A gente tentou uma terapia alternativa, com corticoide, e o tumor chegou a reduzir, mas semanas depois tornou a crescer. E o bebê começou a inchar”, contou Polyana ao portal Metrópoles.
O quadro de Ragna e também de Polyana se agravou em março e ela teve de ser internada, com 7 meses de gravidez. “O prognóstico era o pior possível. Se não tivesse intervenção cirúrgica, seria óbito fetal. Eu fiquei acordada durante o procedimento, o tempo inteiro sorrindo. Estava muito feliz. Confiante e feliz de ter a oportunidade de salvar a vida do nosso filho”, disse.
Após o primeiro procedimento cirúrgico, o tumor ficou menor, mas voltou a crescer depois de uma semana. As médias e os pais decidiram fazer uma nova cirurgia para queimar todo o tumor do bebê.
Com oito meses de gravidez, o procedimento foi feito e durou quatro horas – sem anestesia. “Seria a última chance de salvar o neném. Mas foi gratificante, porque funcionou”, afirmou Polyana.
A média responsável, Danielle Brasil, comentou que o caso era grave, mas a família foi guerreira. “Conheci a Polyana na minha clínica, de cara vi a gravidade do caso. A melhor chance era cirurgia fetal. Não é fácil. Amadurecemos a ideia, e os pais foram para a guerra com a gente. Ela [Polyana] queria me ver todo dia. Foi uma gravidez difícil, mas eles são muito guerreiros”, declarou Danielle ao Metrópoles.
Ragna nasceu em 18 de maio, com 3,2 kg e 49 centímetros.