Biden participa nas comemorações do "Domingo Sangrento" no Alabama

Biden participa nas comemorações do "Domingo Sangrento" no Alabama

O presidente norte-americano juntou-se, no domingo a milhares de pessoas, no estado do Alabama para a homenagem aos heróis do "Domingo Sangrento".

Joe Biden disse em Selma que fará tudo o que seja possível para "proteger o voto em condições de igualdade para todos os norte-americanos, num momento em que esse direito fundamental está a ser atacado".

Na comemoração anual do momento seminal do movimento dos direitos civis que levou à aprovação de legislação histórica sobre direitos de voto, Biden atravessou a ponte onde, em 1965, tropas do estado bateram nos manifestantes e utilizaram gás lacrimogéneo contra os que exigiam os direitos de voto.

Cerca de 600 pessoas participaram, na altura, na marcha de Selma a Montgomery, exigindo o fim da discriminação contra os afro-americanos no registo eleitoral.

Nos confrontos, dezassete pessoas foram hospitalizadas e outras dezenas foram feridas pela polícia, incluindo o histórico congressista e defensor dos direitos civis John Lewis, que morreu em 2020.

Cinco meses após os acontecimentos, recordou Biden, foi aprovada a Lei dos Direitos de Voto de 1965, uma lei de referência que proibia práticas discriminatórias de direitos de voto contra afro-americanos.

No entanto, Biden salientou, nos últimos anos, numerosos governos estaduais redigiram dezenas de leis eleitorais para restringir o voto, razão pela qual hoje é vital "permanecer vigilante".

"O direito ao voto é o limiar da democracia e da liberdade. Com ele tudo é possível, mas sem ele nada é possível", disse o presidente dos Estados Unidos.

A vice-presidente, Kamala Harris, que foi a Selma no ano passado, enviou uma declaração insistindo que o governo deve "redobrar" os seus esforços e "empenho em proteger a liberdade de voto".