Bilionário indiano, Gautam Adani já perdeu R$ 416 bilhões só neste ano

(REUTERS/Amir Cohen)
(REUTERS/Amir Cohen)

As fortunas de Gautam Adani estão despencando este ano depois que a pesquisa de vendedores curtos dos EUA Hindenburg acusou seu grupo de fraude da empresa Adani. Adani agora tem "apenas" US$ 40 bilhões de patrimônio líquido de acordo com o último relatório de segunda-feira do índice Bloomberg Billionaires.

Ele começou o ano com um patrimônio líquido de US $ 121 bilhões segundo o índice, tendo caído mais de US$ 80 bilhões só neste ano, ou 67%. A Forbes relatou anteriormente em janeiro que Adani era a terceira pessoa mais rica do mundo. Ele também foi superado como a pessoa asiática mais rica do mundo pelo magnata da Reliance Industries Mukesh Ambani, ainda segundo a Forbes.

No final de janeiro, Hindenburg publicou um relatório acusando a Companhia de Adani de se envolver em "um esquema de manipulação de ações de bronze e fraude contábil ao longo de décadas".

O grupo Adani negou as alegações, com seu diretor financeiro Jugeshinder Singh dizendo em comunicado no momento em que o relatório continha "informações erradas seletivas e alegações obsoletas, infundadas e desacreditadas que foram testadas e rejeitadas pelos tribunais mais altos da Índia".

No entanto, o relatório de Hindenburg levou a um rápido declínio na riqueza de Adani no papel, com seu patrimônio líquido afundando em mais de US$ 5 bilhões em apenas um dia após o lançamento do relatório. No decorrer de cerca de uma semana de negociação depois disso, seu valor caiu US$ 52 bilhões, de acordo com o Índice Bloomberg Billionaires.

Adani já teria contrato uma firma independente de contabilidade para desacreditar as alegações. Para isso, teria sido escolhida a firma Grant Thorton. A contratação não foi aberta ao público, e as informações foram obtidas de fontes internas da empresa.

Em um comunicado oficial, o grupo afirmou que “todas as transações com partes relacionadas são realizadas em condições normais de mercado, devidamente divulgadas e revisadas/auditadas por auditores estatutários independentes”.