Bolsonarista que matou petista em Foz do Iguaçu tem alta adiada
Expectativa é que bolsonarista deixasse hospital nesta sexta-feira
Quando receber alta, ele será transferido ao Complexo Médico Penal de Pinhais
Advogados alegam que Guaranho não se lembra de matar petista
O policial penal Jorge Guaranho teve a alta adiada na manhã desta sexta-feira (5) após a médica responsável pedir uma nova avaliação. Ele está internado desde que matou o tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu, em 11 de julho. A expectativa é que ele deixasse o hospital ainda hoje.
Seu pedido de prisão domiciliar foi negado pela Justiça do Paraná. Quando sair da internação, será transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.
Sua defesa havia pedido a prisão domiciliar como uma medida cautelar menos rigorosa.
“A alta hospitalar não significa alta médica, tendo em vista que o paciente demanda cuidados especializados para atividades básicas da vida”, argumenta a defesa. Ainda segundo os advogados, a prisão domiciliar ajudaria Guaranho a passar por reabilitação, fisioterapia e fonoaudiologia.
Ainda de acordo com a defesa, o policial penal perdeu a memória por conta das agressões que sofreu após matar Marcelo. Segundo eles, o acusado não lembra do crime e, portanto, não poderia dar depoimento à polícia.
Seu advogado disse que Guaranho recebeu 24 chutes no rosto e outros no tórax e teve uma perna baleada. Ele teria sido agredido por cinco minutos.
O Ministério Público do Paraná denunciou, em 20 de julho, Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por situação de perigo comum, sem citar crime político.