Bolsonaro, Anitta, Bonner e Huck foram alvos de acessos irregulares na Receita

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle Bolsonaro, tiveram dados acessados na Receita Federal de forma indevida nos últimos anos. Além deles, também foram alvos de irregularidades a cantora Anitta, os apresentadores William Bonner e Luciano Huck, além de participantes que já passaram pelo reality show Big Brother Brasil (BBB). O documento do órgão governamental aponta que os dados, obtidos por servidores da Casa, foram obtidos entre 2018 e 2020.

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Os nomes constam em uma lista de contribuintes enviadas para análise ao Tribunal de Contas da União (TCU), em abril de 2021, em meio a uma investigação de consultas a dados fiscais sem justificativas. Dentre as pessoas responsáveis pelos acessos constam gentes administrativos, tecnologista, auxiliar de serviços, assistente técnico e apenas um auditor fiscal. A informação foi revelada pela "Folha de S. Paulo", nesta sexta-feira.

Apesar de coincidirem com as denúncias de acessos supostamente feitos pelo ex-chefe de inteligência da Receita Federal, Ricardo Pereira Feitosa, a adversários e desafetos de Bolsonaro, os novos acessos não tem relação com o caso. Nenhum dos oitos servidores investigados ou punidos fazia parte da cúpula do órgão.

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Um assistente técnico administrativo da Vigilância Aduaneira do município de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, é suspeito de ter pesquisado, de 2018 a 2020, dados de políticos e personalidades da mídia, além mais 20 artistas, incluindo, segundo a listagem da Receita, ex-integrantes do BBB, da TV Globo.

Diante das falhas de segurança apontadas e da facilidade de checagem de dados sigilosos, o TCU estabeleceu um prazo de 120 dias, isto é, até o fim de abril, para o aprimoramento dos sistemas eletrônicos da Receita.