Bolsonaro decreta luto de um dia por morte de Olavo de Carvalho

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BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro decretou luto de um dia em todo o país pela morte do ideólogo Olavo de Carvalho, que morreu na madrugada desta terça-feira.

Essa Ă© a segunda vez que o presidente publica um decreto de luto oficial em seu governo. A primeira vez ocorreu no ano passado, apĂłs a morte do ex-vice-presidente Marco Maciel. Olavo de Carvalho morreu nos Estados Unidos, onde morou nas Ășltimas dĂ©cadas e era considerado o principal influenciador ideolĂłgico dos seguidores do presidente Jair Bolsonaro.

Olavo de Carvalho foi diagnosticado com Covid-19 em 16 de janeiro — Ă  Ă©poca, a notĂ­cia foi compartilhada em seu grupo oficial de Telegram. Oficialmente, porĂ©m, a causa da morte ainda nĂŁo foi divulgada. À colunista Bela Megale, o mĂ©dico particular de Olavo negou a morte do escritor em decorreção do vĂ­rus.

Segundo o clĂ­nico geral, a morte foi em decorrĂȘncia de “insuficiĂȘncia respiratĂłria aguda” causada por um quadro de enfisema pulmonar associado Ă  insuficiĂȘncia cardĂ­aca congestiva, Ă  pneumonia bacteriana e a uma infecção generalizada.

Conforme o GLOBO publicou em janeiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro é o mandatårio que menos publicou esse tipo de decreto desde a redemocratização.

Os decretos de luto nĂŁo seguem uma regra rĂ­gida. A tomada de decisĂŁo geralmente cabe aos assessores palacianos, ministros ou atĂ© terceiros, como amigos. TambĂ©m nĂŁo existe uma norma sobre personagens para as quais deve ser prestado o luto. A legislação sobre o tema fala apenas em pessoas de relevĂąncia nacional ou mortes que causem comoção nacional — como a de MarĂ­lia Mendonça. O acidente foi lamentado por diversas autoridades e celebridades do paĂ­s, e seu velĂłrio acompanhado por milhares de pessoas em GoiĂąnia. Apesar disso, nĂŁo houve decreto de luto pelo governo federal.

O ex-presidente Michel Temer declarou luto cinco vezes em seus dois anos e sete meses de mandato, período similar ao que Bolsonaro estå no cargo. Em cinco anos e meio, a ex-presidente Dilma Rousseff declarou luto em dez ocasiÔes. Durante dois mandatos, Lula publicou esse tipo de decreto 22 vezes. Até mesmo o presidente Figueiredo publicou, entre outros, um decreto pela morte de um político da União Soviética.

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