Bolsonaro diz que 'exagerou' ao falar que colocaria 'cara no fogo' por Milton Ribeiro
- Opa!Algo deu errado.Tente novamente mais tarde.
- Jair BolsonaroCapitão reformado, político e 38º presidente do Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (23) que “exagerou” quando disse que botava a “cara no fogo” pelo ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.
Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o mandatário relembrou de quando defendeu o ex-chefe do Ministério da Educação (MEC), que estava sendo denunciado por supostas irregularidades na pasta. Na ocasião, ele disse: "O Milton, coisa rara de eu falar aqui: eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia contra ele."
Hoje, por outro lado, o discurso foi diferente. “Eu falei lá atrás que botava a cara no fogo por ele. Eu exagerei, mas eu boto a mão no fogo pelo Milton, assim como boto por todos os meus ministros”, falou. Segundo Bolsonaro, "dificilmente" alguém do seu governo "vai cometer um ato de corrupção".
Milton Ribeiro foi preso preventivamente pela Polícia Federal nesta quarta (22). O mandado de prisão, expedido pelo juiz federal Renato Borelli, aponta os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
Relembre o esquema que levou o ex-ministro a ser preso pela PF
Milton Ribeiro já disse à PF que recebia pastores a pedido de Bolsonaro
A operação Acesso Pago deteve Ribeiro em sua casa em Santos, no litoral paulista. Os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, aliados de Bolsonaro, também foram presos. Eles são acusados de instaurar um balcão de negócios no MEC utilizando verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), ligado ao ministério. O ex-ministro foi solto hoje por determinação do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Na live, Bolsonaro também criticou o juiz federal Renato Borelli por autorizar a prisão de Ribeiro. Mais cedo, o portal Metrópoles revelou que o magistrado está sofrendo centenas de ameaças por parte de “grupos de apoio” do governo federal.
Por fim, o chefe do Executivo disse que não tinha “materialidade nenhuma” para a prisão de Ribeiro, e que o ocorrido serviu apenas para “desgastar o governo”.
Enem, homossexuais, deficientes e pastores: as crises de Milton Ribeiro no MEC'
FNDE: o que é e como foi usado pelos pastores no governo Bolsonaro
'Desastre de governo', 'corrupção escancarada': veja repercussão da prisão de Ribeiro