Bolsonaro já tem 'missão' para si mesmo em 2023
Cumprindo quase nenhuma agenda após fim da campanha, Bolsonaro quer tirar período de descanso depois do fim do mandato;
Nesse intervalo, ele pretende buscar apoio para alçar Rogério Marinho, seu ex-ministro, à presidência do Senado;
Plano maior do integrante do PL é para conseguir abrir processo de impeachment contra Alexandre de Moraes (STF).
Quando terminar o mandato presidencial, Jair Bolsonaro (PL) pretende tirar um período de descanso no início do ano. Todavia, também nesse período, ele quer atuar para elevar o nome do ex-ministro e senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado, derrotando o atual líder da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD).
Segundo informações obtidas pela colunista Carla Araújo, do portal UOL, o atual mandatário tem falado sobre esses planos a aliados mais próximos.
O PL já lançou o nome de Marinho para a disputa da Casa Alta no próximo ano. Somente pela sigla, há 14 senadores. As contas do partido apontam para 25 votos garantidos e uma margem possível de outros 10.
Com isso, Bolsonaro e aliados querem buscar o restante dos votos para vencer Pacheco e outros possíveis concorrentes.
De acordo com a colunista, o plano tem a ver ainda com a meta do futuro ex-presidente em puxar um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo a Constituição, a abertura de um processo como esse cabe “privativamente” à Casa Alta. No último dia 23, parlamentares ligados a Bolsonaro apresentaram um pedido de afastamento de Moraes e do ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Roberto Barroso. No entanto, Pacheco rejeitou e arquivou o texto.
Mudança
Nos próximos dias, Bolsonaro deve desocupar o Palácio da Alvorada e passar a residir em condomínio de casas na região nobre de Brasília. O imóvel será bancado pelo PL, assim como um escritório de onde ele deve despachar parlamentares eleitos com os quais tem alinhamento político.