Bolsonaro sanciona lei que regula telessaúde
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, nesta quarta-feira, lei que regulamenta a telessaúde no país. A medida garante que a prestação de serviços de saúde à distância, públicos ou privados, tenham o mesmo padrão e cumpram os mesmos requisitos dos presenciais.
A norma assegura ao profissional "liberdade e completa independência" de decidir se usará ou não a telessaúde, podendo optar pela utilização de atendimento presencial quando necessário. No caso do paciente, a modalidade deve ser realizada com "consentimento livre e esclarecido".
A telessaúde abrange todos os tipos de atendimento digital, não apenas a telemedicina. Estão incluídos atendimentos pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, de monitoramento, de diagnóstico e de acompanhamento médico durante o tratamento ou após procedimentos cirúrgicos.
Compete aos conselhos federais das profissões envolvidas fiscalizar as normas éticas. A norma também fixa alguns princípios que devem ser seguidos na modalidade:
Autonomia do profissional de saúde
Consentimento livre e informado do paciente
Direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde
Dignidade e valorização do profissional de saúde
Assistência segura e com qualidade ao paciente
Confidencialidade dos dados
Promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde
Observância estrita das atribuições legais de cada profissão
Responsabilidade digital
A modalidade terá validade em todo o país, e os profissionais que a exercerem de forma exclusiva não precisarão de inscrição secundária. Os atendimentos à distância já funcionam em vários locais do Brasil, com iniciativas como telediagnóstico, teleconsulta e tele-educação.