Bolsonaro suspende reajuste a policiais
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- Jair BolsonaroCapitão reformado, político e 38º presidente do Brasil
Bolsonaro suspende reajuste a policiais e justifica com insuficiência de recursos para dar um aumento significativo aos servidores;
Presidente estuda colocar o reajuste no Orçamento de 2023;
Bolsonaro tem até sexta-feira, 21, para decidir se dará e para quem dará reajuste neste ano.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu, nesta quarta-feira (19), o aumento salarial a policiais federais. Até então a categoria era a única que receberia reajuste.
O presidente afirmou também ainda não ter decidido quais categorias terão reajuste neste ano. Sua decisão deve acontecer até a sexta-feira (21), dia em que irá sancionar o Orçamento de 2022.
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A promessa do reajuste
Em viagem ao Golfo Pérsico, em novembro do ano passado, Bolsonaro prometeu um reajuste salarial para toda a categoria do funcionalismo público federal.
No entanto, não havia recursos no Orçamento de 2022 para todos esses gastos. O presidente defendeu, então, apenas o reajuste a servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional.
No entanto, a manobra desagradou o restante dos servidores federais, gerando uma série de protestos e paralisações, como as operações-padrões realizadas pelos auditores da Receita Federal.
Falta de recursos
O valor do espaço conseguido no Orçamento também se mostrou problemático. A equipe técnica do Ministério da Economia demonstrou preocupações, afirmando ser insuficiente para dar o reajuste a toda categoria policial.
"Nossa folha é superior a R$ 300 bilhões. Você pega R$ 2 bilhões, é menos de 1%. Se for diluir para todos, dá menos de 1% o valor [do reajuste]. Há uma grita de maneira geral, porque a intenção inicial foi essa sim, reservar algum reajuste para policiais federais, policiais rodoviários federais e o pessoal do Depen. Então, isso está suspenso. Estamos aguardando desenlace das ações", disse o presidente.
Presidente estuda incluir reajustes no ano que vem
Bolsonaro afirmou que não quer "cometer injustiça perante o servidor público", mas afirmou não poder contemplar a todos com o aumento.
"Fica aquela velha pergunta tosca. Vamos salvar três categorias ou vai todo mundo sofrer no corrente ano? O tempo vai dizer como a gente vai decidir. Reconheço o trabalho dos servidores, que merecem reajuste, mas não tem folga no orçamento para o corrente ano", argumentou.
O presidente afirmou que está estudando deixar o reajuste já engatilhado para o Orçamento de 2023. "Conversei sobre o orçamento do ano que vem, mas por ocasião da feitura do mesmo, obviamente que os servidores serão contemplados com o reajuste salarial merecido", comentou em entrevista à Jovem Pan.