Boris Johnson ganha voto de confiança para se manter no cargo, mas crise está longe do fim
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- Boris JohnsonPolítico britânico, Primeiro-Ministro do Reino Unido
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, venceu mais uma batalha para manter-se no cargo. Por 208 votos a seu favor e 148 contra, conseguiu garantir pelo menos mais um ano de sobrevivência política. A liderança do premiê foi questionada pelos integrantes do seu partido conservador, que, embora tenham obtido número suficiente de assinaturas para convocar o chamado “voto de desconfiança” no final da tarde de segunda-feira, não conseguiram derrubá-lo.
Vivian Oswald, correspondente da RFI em Londres
A vitória, no entanto, não significa que tenha saído fortalecido de mais uma crise, talvez a mais séria desde que assumiu o comando da legenda. Muito pelo contrário. Johnson segue sob forte pressão. Isso porque nada menos do que 41% da sua bancada querem a sua cabeça. Entre eles, parlamentares com cargo no executivo.
No sistema britânico, a cúpula de todos ministérios é formada por parlamentares da base governista. O que se diz nos bastidores da política em Londres é que "Johnson venceu o voto, mas perdeu o partido”.
Em um regime parlamentarista isso é grave. Se o resultado permite que o premiê respire aliviado pelos próximos 12 meses — o prazo regimental para que um novo voto de desconfiança seja apresentado contra ele — não significa que ele esteja completamente a salvo. As regras podem ser alteradas pelos conservadores, se julgarem que a situação se tornou insustentável.
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