Botafogo: John Textor conta que recebeu ameaças de morte depois da venda de Jeffinho ao Lyon



A venda de Jeffinho, do Botafogo, para o Lyon, time que o empresário John Textor também é dono através da holding Eagle Football, gerou polêmica quando foi anunciada. A questão sobre os multiclubes, em que investidores fazem trocas de jogadores entre os times que possuem, também foi levantada à época, e o estadunidense foi criticado. Em entrevista à revista Financial Times, ele contou que chegou a receber ameaças de morte.

— Com um contrato de jogador, tive que mudar meu número de telefone. Você não acreditaria como as coisas podem ser rápidas e reativas.

O empresário, que também tem 40% dos direitos do Crystal Palace — o Botafogo disputou um amistoso contra o time, em Londres, em dezembro de 2022 — e o RWD Molenbeek, da Bélgica, afirma que não gosta da palavra "investidor".

—Não existe uma palavra mais ofensiva na língua inglesa do que "investidor", porque só fala a respeito de quanto você tem, e a sua contribuição só é medida em dinheiro — explica.

Quando o empresário anunciou a compra da SAF Botafogo em dezembro de 2021, ele era tratado como "um rei", segundo ele. Depois de mais de um ano de trabalho, no entanto, os torcedores estão decepcionados com as decisões tomadas, e Textor sente essa rejeição.

— É fácil dizer que os americanos são maus, que os multiclubes são ruins. Eu entendo, os torcedores não me conhecem e não conhecem o meu coração. Acham que sou um cara do dinheiro.