Buscas por desaparecidos em Atalaia do Norte recebe ajuda de cadela farejadora
Fiona é da Companhia Independente de Policiamento com Cães da PM
Buscas por desaparecidos já está no 11º dia
Segundo suspeito é preso
As equipes de busca que trabalham para encontrar o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira receberam um reforço nesta quarta-feira (15): a cadela farejadora Fiona.
Fiona viajou de Manaus até Atalaia do Norte. A cadela integra um núcleo especializado em busca e captura, e trabalha principalmente farejando narcóticos. Ela integra a Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM).
As buscas oficiais pela dupla já estão no 10º dia. Estão trabalhando equipes das polícias Federal, Civil e Militar, além do Exército e da Marinha. A principal área de interesse é o trajeto entre a comunidade São Rafael, onde os desaparecidos foram vistos pela última vez, e Atalaia do Norte, para onde estavam indo.
Atuam também nas buscas mais de 100 indígenas, de diferentes etnias. O grupo começou a buscar a dupla no dia de seu desaparecimento, um dia antes das autoridades chegarem. Os indígenas montaram um acampamento flutuante para servir de base para a operação.
Preso segundo suspeito
Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como "Dos Santos", foi preso temporariamente nesta terça-feira (14), suspeito de participação no desaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A informação é do portal g1.
Segundo a Polícia Federal, Oseney é suspeito de participar do desaparecimento com Amarildo da Costa Oliveira, também conhecido como “Pelado” —ele está preso no município de Atalaia do Norte, no Amazonas, mas nega envolvimento no caso.
Entenda o caso
Phillips e Pereira estavam desaparecidos desde o domingo (5), quando foram vistos pela última vez navegando pela Terra Indígena Vale Javari.
No local, eles conversaram com a esposa de um líder comunitário apelidado de Churrasco. Em seguida, partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que costuma levar duas horas, mas não chegaram ao destino.
Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem.
A área onde eles desapareceram é alvo constante de conflitos relacionados a tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal.
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) deu início às buscas no domingo (5), quando os dois não chegaram ao destino final em Atalaia do Norte. No sábado (6), a organização comunicou as autoridades sobre o sumiço.
Ainda segundo a Univaja, tanto Phillips quanto Pereira eram alvos constantes de ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores.