Cade adia análise sobre venda de refinaria da Petrobras em Manaus
O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adiou a análise sobre a venda da refinaria Isaac Sabbá, em Manaus, da Petrobras para a Ream Participações, do grupo Atem. O processo estava previsto para ser julgado na sessão desta quarta-feira, mas a relatora, conselheira Lenisa Prado, pediu o adiamento para a próxima reunião ainda neste mês
Juros: BC deve subir Selic nesta quarta para 13,75%; analistas já veem taxa acima de 14% no fim do ano
5G: Empresas apostam em redes privadas e devem investir R$ 10 bi em cinco anos
A operação já havia sido aprovada sem restrições pela Superintendência-Geral do Cade no início de maio. No entanto, os conselheiros do órgão também passaram a analisar a operação após empresas do mesmo mercado questionarem a operação.
Sob relatoria de Lenisa Prado, o Cade pediu mais informações para analisar como ficaria a competição no mercado no caso de concretização da venda.
A operação faz parte de um acordo assinado pela Petrobras com o Cade em 2019 para melhorar a competição no mercado de refino. O acordo prevê a venda de 8 refinarias no país. A Landulpho Alves, na Bahia, já foi vendida para o fundo árabe Mubadala.
Longe da Faria Lima, mas perto dos clientes: Fintechs encontram oportunidades fora do centro financeiro do país
Em relatório, a conselheira Lenisa Prado entendeu que a análise da Superintendência-Geral não se aprofundou em pontos relevantes da operação, por exemplo, como será a dinâmica de preços pós-operação, condições de entrada de novos players no mercado e de rivalidade entre concorrentes.
Além disso, Prado também se mostrou preocupada com a possibilidade de monopólio do refino de petróleo na região Norte e reforço da posição dominante do grupo Atem no mercado de distribuição de combustíveis.