Canditatos a liderar Reino Unido disputam legado de Margaret Thatcher
Por Andrew MacAskill
LONDRES (Reuters) - Margaret Thatcher nĂŁo estĂĄ no poder desde 1990. Na realidade, ela estĂĄ morta desde 2013. Mas a ex-primeira-ministra conservadora tem sido presença regular na disputa desta semana para substituir Boris Johnson como prĂłximo lĂder do Reino Unido.
Thatcher, a primeira-ministra mais polarizadora da histĂłria britĂąnica moderna, foi criticada e reverenciada em igual medida quando esmagou os sindicatos e privatizou grandes ĂĄreas da indĂșstria.
Dura e franca, ela liderou os conservadores a trĂȘs vitĂłrias eleitorais, governando de 1979 a 1990, o mais longo perĂodo contĂnuo no cargo de um primeiro-ministro britĂąnico em mais de 150 anos.
O favorito para ser o prĂłximo lĂder do Reino Unido, o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, disse que sua visĂŁo econĂŽmica equivale a "thatcherismo de bom senso" depois que ele entrou em conflito com outros candidatos ao recusar cortes de impostos imediatos.
A ministra do ComĂ©rcio, Penny Mordaunt, afirmou nesta semana que, como Thatcher, ela foi subestimada por ser mulher. O ministro das Finanças Nadhim Zahawi disse que Thatcher Ă© seu Ădolo polĂtico e o inĂcio dela como filha de um lojista mostrou a ele que qualquer pessoa poderia ter sucesso no Reino Unido.
Os candidatos estão disputando o legado de Thatcher em parte porque estão tentando atrair 200.000 membros do Partido Conservador que escolherão o próximo primeiro-ministro, em vez dos milhÔes de eleitores como normalmente aconteceria em uma eleição. Em sua maioria brancos, com idade avançada e homens, eles veneram Thatcher.
"Thatcher continua sendo uma heroĂna polĂtica para grande parte dos membros do Partido Conservador, muitos dos quais estĂŁo em uma idade em que lembram vividamente dos anos Thatcher e os consideram alguns dos grandes anos polĂticos que jĂĄ vivemos", disse Jonathan Tonge, professor de polĂtica da Universidade de Liverpool. "VocĂȘ nĂŁo serĂĄ eleito se criticar Thatcher."