Carlos Bolsonaro fez home office em hotel pago com cartão corporativo
Vereador usou hospedagem como home office durante pandemia de Covid-19
Vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) pagou hospedagem em hotel de Brasília (DF) com cartão corporativo;
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou estadia como home office durante período de isolamento social da pandemia de Covid-19;
Enquanto permanecia em hotel, filho de Bolsonaro criticou medidas de isolamento contra a contaminação pela doença.
Os dados sobre os gastos dos cartões corporativos da Presidência continuam rendendo informações sobre a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Dessa vez, foi o vereador Carlos Bolsonaro (Republicano - RJ) quem apareceu utilizando o recurso para bancar 11 de hospedagem em um hotel de Brasília (DF) durante a pandemia de Covid-19.
Segundo dados obtidos pela agência Fiquem Sabendo, via Lei de Acesso à Informação (LAI), o filho do ex-mandatário esteve hospedado no Nobile Suítes Monumental, na capital federal, entre os dias 12 e 22 de março de 2021.
Crítico ao isolamento social provocado pela pandemia, o parlamentar do Rio de Janeiro usou a hospedagem como home office.
De acordo com nota fiscal obtida pela Fiquem Sabendo e divulgada pelo Jornal Estadão, a estadia de Carlos no hotel custou R$ 2,3 mil aos cofres públicos. Na justificativa para o uso do cartão corporativo, foi indicado “hospedagem de segurança de familiar do presidente”.
R$ 14 mil de salário
Os vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro recebem mensalmente R$ 14.346,76 de salário, situação que inclui Carlos Bolsonaro.
Segundo informações do portal Metrópoles, nos dias 16 e 18 de março, quando estava hospedado no hotel, Carlos registrou presença virtualmente em sessão plenária híbrida.
Enquanto cumpria suas funções do hotel, o vereador utilizou as redes sociais para criticar o isolamento social.
Numa publicação do Twitter realizada no dia 18 de março daquele ano, ele escreveu: “Aumento de impostos, fique em casa e economia vemos depois: como governadores e prefeitos têm agido! A falta de bom senso e razoabilidade leva o país ao caos”.