Cármen Lúcia vê possível interferência de Bolsonaro na PF como grave e aciona PGR
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- Jair BolsonaroCapitão reformado, político e 38º presidente do Brasil
Resumo da notícia
Ministra Cármen Lúcia vê "gravidade" na possibilidade de Bolsonaro ter interferido na Polícia Federal
Pedido de investigação foi encaminhado ao STF pelo deputado Israel Batista
Cármen Lúcia encaminhou pedido para a PGR e pediu que órgão se manifeste
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, disse considerar grave a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter interferido na investigação da Polícia Federal, que apura suspeita de corrupção no Ministério da Educação.
A partir de um pedido apresentado pelo deputado Israel Batista (PSB-DF), para que Bolsonaro seja investigado, Cármen Lúcia enviou o documento para análise da Procuradoria-Geral da República.
Segundo Israel Batista, há elementos suficientes para que Bolsonaro seja investigado. “Segundo o próprio Ministério Público, há elementos que indicariam a possibilidade de vazamento das apurações no caso, com possível interferência ilícita por parte de Jair Bolsonaro. Prova disso, é que, segundo veiculado, o MPF requerer o envio de auto circunstanciado ao Supremo apontando indício de interferências ilícitas nas investigações policiais e judiciária", argumenta o deputado.
É praxe que esse pedido seja enviado à PGR, mas a análise para saber se cabe uma investigação cabe ao Ministério Público. “Considerando os termos do relato apresentado e a gravidade do quadro narrado, manifeste-se a Procuradoria-Geral da República”, escreveu a ministra na decisão, revelada pelo portal g1.
Após a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, que já foi solto, a Polícia Federal passou a investigar a suspeita de interferência na investigação. Em uma ligação telefônica com a filha, Ribeiro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro relatou ter tido um “pressentimento” de que o ex-ministro poderia ser alvo de busca e apreensão.
Frederick Wasseff, advogado da família, negou qualquer interferência de Bolsonaro no caso e, sobre as ligações, declarou que o presidente não tem “nada a ver com as gravações”.