Caso Bruno e Dom: Congresso pede saída do presidente da Funai
Os pedidos vieram de comissões criadas para acompanhar as investigações dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Philips;
Na Câmara, o pedido foi direcionado ao Ministério da Justiça, ao qual a Funai está subordinada;
Já no Senado, a comissão externa aprovou um requerimento com a mesma sugestão.
As comissões da Câmara dos Deputados e do Senado aprovaram um pedido ao governo federal para afastar o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, do cargo. Os pedidos vieram de comissões criadas para acompanhar as investigações dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Philips. As informações são do G1.
Na Câmara, o pedido foi direcionado ao Ministério da Justiça, ao qual a Funai está subordinada. A deputada Vivi Reis (PSOL-PA) disse que a continuidade de Xavier no cargo “afronta aos servidores da Funai, aos colaboradores da Univaja [União dos Povos Indígenas do Vale do Javari] e de outras entidades indigenistas". É uma grave ofensa a todos os que se preocupam com a vida humana e com os povos indígenas da Amazônia”, declarou.
Já no Senado, a comissão externa aprovou um requerimento com a mesma sugestão, mas com direcionamento à Casa Civil. O pedido, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), afirma que a gestão de Xavier “revela cabal desrespeito aos direitos dos povos indígenas e conflito com suas atribuições institucionais” da Funai.
Contarato defende o afastamento imediato do presidente da Funai para “reverter os danos causados pela política omissiva dos dirigentes da instituição”.
No dia 5 de junho, Bruno Pereira, servidor afastado da Funai, e Dom Philips foram considerados desaparecidos no Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país. O local é conhecido por conflitos ocasionados por traficantes e garimpeiros.
Servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) entraram em greve no dia 23/06, em protesto pela morte do indigenista e do jornalista inglês. Entre as demandas apresentadas estão a segurança para atuar em áreas isoladas, como o Vale do Javari, onde a dupla foi assassinada, e a demissão de Marcelo Xavier, presidente da entidade.