Caso Genivaldo: Lira derruba convocação de ministro da Justiça para dar explicações
- Opa!Algo deu errado.Tente novamente mais tarde.
- Arthur LiraAdvogado e político brasileiro, presidente da Câmara dos Deputados
Resumo da notícia
Arthur Lira derrubou convocação de ministro da Justiça para dar explicações sobre morte de Genivaldo
Anderson Torres é esperado na Câmara nesta quarta e deve comparecer de forma voluntária
Genivaldo foi morto durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), derrubou o pedido de convocação do ministro da Justiça, Anderson Torres, para prestar explicações sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos. O ministro teria de depor na Comissão de Direitos Humanos, mas foi apresentado um recurso pela base bolsonarista, acolhido por Lira.
Genivaldo tinha 38 anos e foi morto durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal em Umbaúba, no Sergipe. Ele foi colocado pelos agentes no porta-malas de uma viatura, onde os policiais colocaram gás lacrimogêneo e gás de pimenta. O homem morreu por asfixia mecânica. A PRF abriu um procedimento disciplinar para investigar os policiais envolvidos.
No dia 1º de junho, a comissão de Direitos Humanos havia aprovado a convocação de Anderson Torres por 10 votos a sete. Duas semanas mais tarde, Lira derrubou a decisão. O recurso, acatado pelo presidente da casa, foi feito pelos deputados Capitão Alberto Neto (PL-AM) e Felipe Francischini (União Brasil-PR).
O argumento dos deputados bolsonaristas foi que Orlando Silva (PCdoB-SP), presidente da Comissão, não concedeu ou assegurou a palavra aos parlamentares que queriam orientar para a votação. Segundo Neto e Francischini, a atitude seria contra o regimento.
Orlando Silva afirmou que, mesmo com a anulação, Anderson Torres deverá comparecer nesta quarta-feira (15), às 15h, de forma voluntária.
A decisão de Arthur Lira foi alvo de críticas do PSOL. Para o partido, o pesidente da Câmara dos Deputados se comporta como "um ditador".
Arthur Lira se comporta cada vez mais como um ditador na Câmara. Com uma canetada, derrubou a convocação do ministro da Justiça aprovada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias para cobrar explicações sobre o assassinato de Genivaldo em "câmara de gás" da polícia em Sergipe.
— PSOL 50 (@psol50) June 15, 2022