Caso Marielle Franco chega ao quinto delegado sem encontrar mandante
Alexandre Herdy, da DP de Botafogo, assumirá o caso Marielle Franco
Responsável por investigação até agora era Edson Henrique Damasceno
Polícia Civil realiza trocas nos comandos
O caso do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, vai ganhar seu quinto delegado responsável, conforme informações de um boletim da Polícia Civil da noite desta terça-feira (1).
O atual responsável pelo caso, Edson Henrique Damasceno, titular da Delegacia de Homicídios da Capital, vai ser transferido para a chefia do Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP).
Ele será substituído ainda essa semana pelo delegado Alexandre Herdy, até então titular da 10ª DP (Botafogo). A distrital passará a ser comandada por Daniel Rosa, que sai da 15ª DP (Gávea).
Quase quatro anos e quatro delegados depois, a investigação ainda não foi capaz de apontar o mandante do crime. Veja a lista dos que estiveram à frente do caso.
Giniton Lages (2018-2019);
Daniel Rosa (2019-2020);
Moisés Santana (2020-2021);
Edson Henrique Damasceno (2021-2022);
Alexandre Herdy (2022).
A última mudança no comando da investigação foi feita em julho de 2021. De acordo com outra edição do boletim interno da Polícia Civil do RJ, Edson Henrique Damasceno passava a delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital.
Damasceno também esteve à frente das investigações da morte do menino Henry Borel, na 16ª DP (Barra da Tijuca).
Relembre o caso Marielle
Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram executados em março de 2018 em Estácio, na região central do Rio. Em 2019, a polícia afirmou ter prendido os autores do crime: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz. No entanto, não se sabe ainda os mandantes do crime.
Além do mandante, os agentes da Delegacia de Homicídios e o Ministério Público não localizaram até hoje a arma usada no crime. Segundo a perícia, foi usada uma submetralhadora MP-5 com munição UZZ-18.
De acordo com a investigação, os fuzis foram jogados no mar no dia seguinte à prisão de Lessa, em março de 2019. O MP tampouco confirma que o MP-5 usado no assassinato está entre o material descartado.
Os ex-PMs estão presos nas penitenciárias federais de Campo Grande e de Porto Velho. Eles vão a júri popular, em data ainda não marcada.