Caso Marielle: o que falta ser esclarecido e como está a investigação
Flávio Dino, novo ministro da Justiça e Segurança Pública, citou o caso Marielle em sua posse
Ele prometeu não poupar esforços para solucionar o assassinato da vereadora carioca
Ainda não se sabe pontos fundamentais do caso, como o mandante do crime
A investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco voltou a ser assunto na última segunda-feira (2), durante a cerimônia de posse de Flávio Dino como ministro da Justiça e Segurança Pública.
Na ocasião, Dino prometeu "os esforços possíveis e cabíveis" para desvendar o caso e considerou que está é uma "questão de honra" para o estado brasileiro.
Nova ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco estava na plateia e chorou durante a fala de Dino.
Relembre o caso
Então vereadora no Rio de Janeiro, Marielle foi assassinada a tiros em 14 de março de 2018 no bairro carioca de Estácio. Seu motorista, Anderson Lessa, também foi preso, e uma assessora foi a única sobrevivente do atentado.
O carro onde o trio estava foi perseguido e alvejado repetidas vezes por criminosos. Um ano depois, a Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu que o policial reformado Ronnie Lessa havia sido o responsável pelos disparos.
O ex-policial Élcio Vieira de Queiroz foi apontado como o motorista que perseguiu Marielle e auxiliou Ronnie na fuga. Ambos foram presos, estão em penitenciárias federais fora do Rio de Janeiro e vão a juri popular.
O que falta ser descoberto
A investigação considerou que duas questões sobre o crime foram resolvidas: os responsáveis pela execução e a dinâmica do episódio.
Restam, no entanto, três pontos fundamentais para que o inquérito seja finalizado: os mandantes dos assassinatos, a motivação e a localização da arma utilizada. Sobre este último, a suspeita é de que ela tenha sido arremessada no mar após a prisão de Ronnie Lessa.
Últimos desdobramentos
Em 2020, o Superior Tribunal de Justiça negou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para federalizar a investigação dos mandantes do crime.
Os ministros da Terceira Seção, no entanto, negaram o pedido por entenderem que não havia inércia das autoridades estaduais no inquérito. A família de Marielle também era contra a federalização do caso.