Cem mil na folia: Bangalafumenga reúne um mar de 'Joões-Ninguém' no Aterro do Flamengo
O Bangalafumenga não só colocou o bloco na rua como reuniu mais de 100 mil foliões no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio, neste domingo de carnaval, segundo os organizadores. O capricho nas fantasias reuniu produção e criatividade: pernas de pau, fantasia do Xurras da Jogada, disputa de futebol americano, líderes de torcida. Até o naufrágo aproveitou a folia com vista para o Monumento dos Pracinhas.
O Bangalafumenga contou com a presença do cantor Sérgião Loroza o fundador Roberto Maranhão nos vocais. Com um repertório eclético, o bloco traz sucessos da música popular brasileira, forró e funk melody, tudo em ritmo de samba e axé. Nesta edição, a cantora Gal Costa foi homenageada pela banda com a canção "Divino Maravilhoso".
— Salve a cultura brasileira, salve o Banga! Que alívio estar na nossa festa de novo depois de todo esse tempo — comemorou o cantor e um dos fundadores Rodrigo Maranhão.
Reencontro com o Aterro
Engana-se quem pensa que os religiosos não aproveitam o carnaval. Marcos Fernandes sai fantasiado de padre há 14 anos. Católico praticante, ele chegou a cantar no coral que se apresentou para o Papa João Paulo II no final dos anos 1990, em evento no Aterro do Flamengo.
Quase três décadas depois, ele voltou ao lugar como folião no Bangalafumenga vestido do religioso. Marcos ainda convenceu dois amigos a entrarem no personagem também.
— A nossa igreja é da fornicação e do álcool — brinca o trio.
A origem do Banga
O Bangalafumenga nasceu no Rio de Janeiro em 1998. Em 2012, levou a festa para São Paulo e se tornou um dos cortejos mais tradicionais da cidade.
No dicionário da língua portuguesa, o nome do bloco significa um indivíduo sem importância, um 'João Ninguém'.
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