Charanga vira megabloco e faz foliões passarem por sufoco na Santa Cecília
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Bloquinho? Folião que acompanha o bloco Charanga do França sofreu para acompanhar a banda pelas ruas da Santa Cecília.
A concentração até que foi tranquila, mas por volta de uma hora após o início do bloco o aperto foi grande.
Muitos foliões sem aglomeraram na rua Imaculada Conceição para acompanhar o bloco após dois anos de pandemia sem Carnaval, ao menos de forma oficial.
Aos gritos de "anda, anda", foliões espremidos imploravam para o bloco sair da rua Imaculada Conceição e seguir o trajeto pela rua Barão de Tatuí.
"Tinha muito ambulante no trajeto que impedia o bloco de andar", disse o folião Marco Mello.
Outra preocupação era em relação a um caminhão estacionado em frente a uma obra na rua Barão de Tatuí, que faz parte do trajeto do bloco.
"Sempre venho no Charanga e sei que vai ser perrengue, mas esse ano está pior", diz Helena Maia, 37, que acompanha o Charanga do França há cinco anos.
O pior momento é quando o bloco faz a curva para sair da rua Imaculada Conceição, onde ocorre a concentração, e sobe para a Barão de Tatuí. O objetivo é checar até o largo Santa Cecília, onde acontece a dispersão do bloco.
É tradição um caminhão com água de reuso esguichar refresco entre os foliões.
O presidente do Conseg Santa Cecília, Francisco Gomes Machado, disse que todos os anos há aperto no desfile do Charanga do França. "É o normal dentro do anormal", disse.
No trajeto, apesar do perrengue, o cachorro labrador Dominique, 2, fazia a alegria dos seguidores com sua fantasia de Simba. "É o primeiro Carnaval dele, no outro ainda estávamos na pandemia", diz o tutor do Dominique, Maurilio Maia, 35. "Deram um gelo para ele, então está tudo bem", afirma.