Checamos: é falso que União Europeia substituirá vacina por ivermectina

  • Peça de desinformação circula pelo Twitter e WhatsApp

  • Post mente ao dizer que a UE vai usar ivermectina para o tratamento da Covid-19

  • Não há estudos conclusivos sobre a eficácia do vermífugo contra o novo coronavírus

Circula pelas redes sociais informações falsas a respeito da vacinação contra a Covid-19. Um post diz de forma enganosa que a União Europeia teria substituído os imunizantes contra o novo coronavírus por ivermectina – atualmente, não há nenhum estudo mostrando que o vermífugo seja eficaz contra a doença.

Para dar embasamento à desinformação, a publicação compartilha ainda o link de um comunicado feito pelo site oficial da União Europeia sobre o andamento de tratamentos contra a Covid-19. Contudo, o texto publicado no site no em junho deste ano, sequer menciona a ivermectina ou faz qualquer menção à substituição da vacinação por qualquer outro tratamento alternativo.

Post enganoso que circula pelas redes sociais mente ao afirmar que a União Europeia substituirá vacina por ivermectina no tratamento da Covid-19 (Foto: Twitter/Reprodução)
Post enganoso que circula pelas redes sociais mente ao afirmar que a União Europeia substituirá vacina por ivermectina no tratamento da Covid-19 (Foto: Twitter/Reprodução)

No texto, a União Europeia reforça a importância da imunização para combater a doença e faz o anúncio de novos medicamentos para o tratamento de pacientes infectados pelo vírus. “A vacinação contra COVID-19 é a melhor forma de acabar com a pandemia e voltar à vida normal. Ao mesmo tempo, estamos trabalhando para fornecer os melhores tratamentos para aqueles que estão infectados”, diz a nota.

Entre os tratamentos listados estão o medicamento Sotrovimabe, os anticorpos casirivimabe e imdevimabe autorizados para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Atualmente a Universidade de Oxford conduz pesquisas sobre os efeitos da ivermectina no tratamento contra a Covid-19. Um dos estudos investiga o impacto do medicamento em pacientes com a doença, mas ainda não há resultados preliminares.

Estudo publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março deste ano sobre medicamentos preventivos “faz uma recomendação forte contra o uso de hidroxicloroquina”, após a análise de seis estudos.