Checamos: Secretário de Incentivo à Cultura faz afirmação enganosa sobre vacinas
Segurança e eficácia dos imunizantes contra a Covid-19 foram atestadas pelas principais agências reguladoras do mundo
Afirmação foi feita pelo Secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura no Twitter
Passaporte da vacina é adotado somente em algumas cidades do país e tem como objetivo reduzir a transmissão da Covid-19 em espaços grupos com aglomerações
Em sua conta no Twitter, o Secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, responsável pelo orçamento da Lei Rouanet, André Porciuncula, fez afirmações enganosas sobre os imunizantes contra a Covid-19. Ele disse que as vacinas contra o coronavírus não impedem a transmissão da doença. Além disso, na mesma publicação distorceu a realidade ao afirmar que os imunizantes ainda estão em fase experimental, o que não é verdade.
“A proibição do passaporte de vacinação nos projetos da Rouanet visa impedir uma odiosa segregação, sustentada na falsa premissa de que a vacina impede a contaminação e a transmissão. Quem almejar impor uma substância experimental tem que ser responsabilizado por eventual reação”, disse em post no Twitter.
Os laboratórios responsáveis pelo desenvolvimento das vacinas contra o novo coronavírus, são eles: Fiocruz, Instituto Butantan, Johnson & Johnson, Moderna, Oxford-AstraZeneca e Pfizer/BioNTech, realizaram testes em milhares de voluntários. Após esses procedimentos, foi atestado que as vacinas conseguem reduzir a transmissão e contaminação geradas pelo SARS-CoV-2.
Além disso, Porciuncula ainda afirma no post na rede social que o passaporte da vacina gera uma “odiosa segregação, sustentada na falsa premissa de que a vacina impede a contaminação e a transmissão”. Contudo, o documento somente é solicitado em algumas cidades do país e tem como objetivo garantir mais segurança em espaços públicos. A medida foi adotada em uma tentativa de reduzir a transmissão da Covid-19 diante dos avanços na flexibilização das atividades comerciais no país.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável pela avaliação e aprovação de medicamentos no Brasil. Para um imunizante ser liberado no Brasil o órgão analisa como ele foi produzido, os estudos e embasamentos técnicos que concluíram pela segurança e eficácia do medicamento. Após a liberação do uso em seres humanos, a Anvisa também faz o monitoramento para possíveis eventos adversos.
A reportagem do Yahoo! Notícias já verificou outras afirmações enganosas sobre os imunizantes, como o artigo de cientista brasileira tirado de contexto e desinformação que circulava em canais do Telegram.
O conteúdo também foi verificado pelo Comprova.