Chile inclui professores na lista de prioridades da vacinação e inicia imunização de docentes
A partir desde segunda-feira, 15, o Chile começa a vacinar os profissionais da educação contra o coronavírus. Inicialmente, receberão a primeira dose os trabalhadores de mais de 60 anos. O objetivo do governo chileno é fazer com que as aulas possam retornar normalmente no mês de março, quando acabam as férias de verão.
“Queremos dar segurança aos professores, aos pais e também às crianças para que possam voltar às aulas em março”, explicou o ministro da Saúde, Enrique Paris. As aulas podem retornar mesmo antes que os professores sejam vacinados em sua totalidade, o que tem gerado críticas por parte do Colégio de Professores.
O governo espera que até o fim de março todos os docentes estejam imunizados e, ao longo das próximas semanas, deve ser ampliada a idade de professores que podem se vacinar.
Na última sexta-feira, 12, o presidente Sebastián Piñera anunciou que daria início aos trabalhadores da educação. O grupo inclui professores, assistentes, diretores, funcionários administrativos das escolas e também aqueles que manipulam alimentos em instituições de ensino.
A primeira professora foi Gloria Alfaro, que há 42 anos trabalha com educação. “O ano de 2020 foi muito difícil. Hoje, sendo vacinada, se abre uma luz de esperança para nós, para que em breve possamos voltar a nos encontrar com nossas crianças”, declarou.
A expectativa do país é vacinar os 513 mil funcionários de estabelecimentos educacionais em todo o país. Além da imunização, o ministro da Educação, Raúl Figueroa, reforçou a importância de seguir as medidas sanitárias para que as aulas voltem em segurança.
Além dos professores, ao longo da semana o Chile vacinará idosos entre 70 e 65 anos. O país pretende vacinar, até março, 30% da população, o que corresponde a idosos, grupos de risco e trabalhadores considerados essenciais. Nesta segunda, o país deve ultrapassar a marca de dois milhões de vacinados.
O objetivo do país é vacinar 15 milhões de pessoas até 30 de junho. A imunização em massa está sendo feita com a CoronaVac. O Chile ainda espera aprovar o uso emergencial da vacina da Janssen e deve receber 4 milhões de doses do imunizante. A vacina da Pfizer também está sendo aplicada no país.
Ainda não há qualquer perspectiva de que crianças e adolescentes comecem a ser vacinados. A CoronaVac é recomendada a partir dos 18 anos, enquanto a Pfizer pode ser aplicada em pessoas a partir dos 16 anos.