China diz que casos graves de Covid atingiram pico
Por Bernard Orr e Martin Quin Pollard
PEQUIM (Reuters) - O nĂșmero de pacientes com Covid que precisam de cuidados intensivos nos hospitais da China atingiu o pico, disseram autoridades de saĂșde nesta quinta-feira, no momento em que milhĂ”es viajavam pelo paĂs para encontros hĂĄ muito esperadas com famĂlias, aumentando o temor de novos surtos.
Tem havido ceticismo generalizado sobre os dados oficiais da China em relação Ă Covid desde que o paĂs suspendeu abruptamente os controles antivĂrus no mĂȘs passado que protegeram 1,4 bilhĂŁo de pessoas da doença na China por trĂȘs anos.
A China disse no såbado passado que quase 60.000 pessoas com Covid morreram em hospitais entre 8 de dezembro e 12 de janeiro --um aumento de aproximadamente dez vezes em comparação a divulgaçÔes anteriores.
No entanto, esse nĂșmero exclui aqueles que morrem em casa, e alguns mĂ©dicos na China disseram que sĂŁo desencorajados a colocar Covid em atestados de Ăłbito.
Ă medida que as viagens aumentam durante a movimentada temporada de feriado do Ano Novo Lunar, atĂ© 36.000 pessoas podem morrer da doença a cada dia, de acordo com as Ășltimas previsĂ”es da empresa de dados de saĂșde Airfinity, com sede no Reino Unido. Outros especialistas preveem que mais de 1 milhĂŁo morrerĂŁo da doença este ano.
Mas uma autoridade da ComissĂŁo Nacional de SaĂșde disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira que a China passou o perĂodo de pico de pacientes com Covid em clĂnicas, salas de emergĂȘncia e com condiçÔes crĂticas.
O nĂșmero de pacientes com condiçÔes crĂticas nos hospitais era mais de 40% menor em 17 de janeiro do que o pico observado em 5 de janeiro, afirmou uma autoridade.
Os novos dados foram divulgados depois que o presidente Xi Jinping expressou preocupação com o fato de as åreas rurais estarem mal equipadas para lidar com um aumento de infecçÔes, jå que o feriado, que começa oficialmente em 21 de janeiro, leva multidÔes de moradores de volta para suas cidades natais.