Chuva coloca São Paulo em estado de atenção e gera alagamentos e desabamento
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A chuva que atinge São Paulo na tarde desta sexta-feira (10) deixa a cidade em estado de atenção e, às 16h, provocava 32 pontos de alagamento, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo.
A tempestade já provocou também a queda de 51 árvores, nove enchentes -em áreas de Guarulhos e da zona sul- e um desabamento na Cidade Ademar, afirma o Corpo de Bombeiros.
Há 10 ponto de alagamento transitáveis: avenida Sanatório (Vila Maria/Vila Guilherme), avenida Presidente Castelo Branco (Sé), praça Pascoal Martins (Lapa), rua João Moura (Pinheiros), rua Carlos Silva (Aricanduva/Vila Formosa), rua Hipódromo (Mooca), avenida professor Luiz Ignácio Anhaia Mello (Vila Prudente) e avenida Interlagos (Santo Amaro).
Segundo o CGE, há ainda 22 pontos intransitáveis, distribuídos pela Freguesia do Ó, Santana, Sé, Butantã, Pinheiros, Itaquera, Mooca, Parelheiros e Santo Amaro.
Houve transbordamento do córrego Mandaqui, na avenida Engenheiro Caetano Alvares com a rua Zilda (Casa Verde), e o extravasamento do córrego Zavuvus, na avenida das Nações Unidas com a rua Jaime de Oliveira Souza (Santo Amaro).
Estão na iminência de transbordar os córregos Pirajuçara (Campo Limpo) e Morro do S, no Capão Redondo, e todas as regiões, assim como a marginal Tietê e a marginal Pinheiros, permanecem em estado de atenção para alagamentos.
O CGE orienta, nesse cenário, que ninguém transite em ruas alagadas ou tente cruzar correntezas e que a população fique longe da rede elétrica e evite ficar embaixo da copa das árvores.
Na quarta (8), uma mulher de 88 anos morreu dentro do carro que ela dirigia na rua Gaivota, após ser surpreendida por um alagamento gerado após um temporal. A tempestade causou 13 pontos de desabamento e 29 de alagamento, incluindo 17 intransitáveis.
Na quinta (9), Folha de S.Paulo mostrou que a cidade de São Paulo não possui um plano de gerenciamento de riscos para lidar com possíveis tragédias geradas pela crise climática.
A criação de um documento para orientar o poder público e ajudar na prevenção em casos de tempestades, deslizamentos e enchentes é uma exigência do Plano Diretor, sancionado em 2014. Apesar disso, o plano nunca foi colocado de pé.