Colono israelense mata palestino supostamente armado na Cisjordânia
Um colono judeu matou, nesta sexta-feira (10), um palestino que supostamente estava armado no norte da Cisjordânia, informou o exército israelense, o que provocou o aumento da tensão neste território ocupado por Israel.
"Esta manhã, um terrorista armado com facas e artefatos explosivos entrou na área de (a colônia de) Dorot Illit. O proprietário do terreno viu o terrorista e atirou nele", afirma o exército israelense em um comunicado.
Questionado pela AFP, o porta-voz do exército afirmou que o palestino morreu.
O ministério da Saúde palestino indicou que foi informado pelas autoridades israelenses sobre a morte de um palestino de 21 anos, Abdelkarim Badia al Sheikh, "depois que um colono abriu fogo" perto de Qalqilya, nas proximidades de Dorot Illit.
O exército do Estado hebreu também anunciou nesta sexta-feira que prendeu dois parentes do palestino que executou um atentado na quinta-feira à noite em Tel Aviv e feriu três pessoas.
A polícia informou que prendeu dois árabes israelenses suspeitos de terem transportado Motaz Khawaja, de 23 anos, integrante do braço militar do movimento islamita palestino Hamas.
Khawaja abriu fogo na avenida Dizengoff, na noite de quinta-feira, em pleno centro de Tel Aviv, antes de ser atingido por tiros das forças de segurança.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que determinou uma "ação imediata para destruir a casa do terrorista" em Nilin (cidade ao noroeste de Ramallah, no centro da Cisjordânia), para onde as forças israelenses seguiram durante a noite para uma operação de busca antes da destruição.
O Hamas não reivindicou o atentado, mas chamou Khawaja de "mártir heroico" e apresentou a operação como uma "iniciativa pessoal" e uma "resposta natural aos crimes da ocupação israelense".
A União Europeia pediu a "todas as partes que exerçam moderação" após "o ataque terrorista em Tel Aviv".
Desde o início do ano, o conflito israelense-palestino matou 77 palestinos (incluindo membros de grupos armados e civis), 12 civis e um policial israelenses, além de uma mulher ucraniana, segundo um balanço da AFP elaborado com base em fontes oficiais israelenses e palestinas.
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