Com cortes feitos pelo MEC, universidades federais devem ter dificuldade de retomar aulas presenciais

Curitiba - PR, Brazil - December 15, 2018: Federal University. UFPR - Universidade Federal do Parana. Historic Building, the first brazilian university.
Universidade Federal do Paraná (Foto: Getty Creative)

O governo federal prevê que, em 2021, haja um corte de R$ 4,2 bilhões nas verbas para a educação. Com isso, universidades e institutos federais podem enfrentar dificuldades para retomar as aulas presenciais. A previsão é essas instituições tenham corte de R$ 1,4 bilhão.

Em entrevista ao portal G1, Edward Madureira Brasil, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), lembrou que, para que as aulas presenciais sejam retomadas, é preciso aumentar os gastos. É necessário comprar materiais de limpeza, como álcool gel, sabão, além de equipamentos de proteção individual.

“Estamos há três anos com o orçamento nominalmente congelado. As despesas têm ajustes anuais. Além disso, o corte ocorre em um ano que deveria ter aumento de recursos”, afirma o presidente da Andifes, que representa 68 universidades federais.

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Os cortes feitos pelo ministério da Educação serão feitos nas despesas chamadas discricionárias, ou seja, as não obrigatórias. Isso inclui contas de luz, água e contratação de serviços terceirizados, como segurança e limpeza. Salários de funcionários não serão afetados.

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Em nota, o MEC afirma que a Administração Pública “terá de lidar com uma redução no orçamento para 2021, o que exigirá um esforço adicional na otimização dos recursos públicos”. O ministério ainda diz que já liberou recursos para as universidades para o combate à pandemia, para ações de inovação, vigilância eletrônica e outros âmbitos.

Somados, os estudantes que frequentam universidades e institutos federais chegam a 1,2 milhão de pessoas.