Com falta de enfermeiros, Dinamarca não exigirá mais domínio da língua para atrair profissionais de fora da UE

AFP - CLAUS BECH

Falta de enfermeiros leva o país criar um plano de emergência com duração de dois anos, para diminuir a escassez de profissionais de saúde. Eles poderão começar a trabalhar sem precisar para passar primeiro no teste de língua dinamarquesa.

Fernanda Melo Larsen, correspondente da RFI em Copenhague

A Dinamarca simplificará os requisitos de idioma para enfermeiros de fora da UE para reduzir o tempo de processamento para autorização de qualificações estrangeiras em uma tentativa de melhorar o atendimento hospitalar no país.

Atualmente, os requisitos de idioma dinamarquês são usados no recrutamento de enfermeiros de fora da UE, onde é necessário que o candidato tenha conhecimento de nível avançado, equivalente ao B2 do Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas. Os critérios de idioma para enfermeiros de países não pertencentes à UE serão, assim, alinhados com os requisitos usados para enfermeiros de países do bloco europeu.

Segundo a ministra da Saúde, Sophie Løhde, os profissionais de países fora da Comunidade Europeia podem receber uma nomeação de no mínimo seis meses em tempo integral. Nesse período, por exemplo, um hospital pode avaliar as competências e habilidades comunicativas do funcionário.

"Assim, podemos tratar mais pacientes e, ao mesmo tempo, aumentar a capacidade e a atividade dos hospitais públicos. Serão investidos 2 bilhões de coroas dinamarquesa (R$ 1,5 bilhão) para reduzir o tempo de espera aos níveis pré-pandêmicos até o final de 2024", disse a ministra da Saúde, Sophie Løhde.

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