Como as novas vacinas bivalentes de Covid agem no corpo e a diferença em relação às anteriores

Começa nesta segunda-feira uma nova fase de vacinação contra a covid-19 em todo o Brasil. Grupos prioritários de diferentes faixas etárias poderão receber as vacinas bivalentes contra a doença. O imunizante é uma versão atualizada das já existentes contra a Covid-19, porém oferece uma proteção maior ainda contra as novas variantes da Ômicron.

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Desde que a pandemia começou, em 2020, o vírus vem sofrendo mutações — o que é normal — entretanto, em razão disso, vacinas atualizadas precisam ser fabricadas. Até o momento a população recebeu doses de vacinas “monovalentes”, ou seja, fornecem proteção contra um tipo de vírus, que é o original de Wuhan. Os novos imunizantes, além de carregar o vírus original, também tem um vírus de reforço que, além do vírus original, ajuda a proteger das novas variantes Ômicron, cepa que domina o mundo atualmente. O que faz essas vacinas serem mais forte e potentes.

Essas vacinas estimulam nosso sistema imunológico a elaborar uma linha de defesa mais específica e, consequentemente, mais eficaz contra o vírus. O objetivo dela é expandir a resposta imune e melhorar a proteção da população. Nos estudos clínicos, a vacina bivalente demonstrou capacidade de produzir quatro vezes mais anticorpos neutralizantes contra as variantes BA.4 e BA.5, quando comparada à monovalente, sobretudo nos grupos de risco.

Entretanto, elas serão disponibilizadas apenas para pessoas que completaram o esquema básico ou que já receberam uma ou duas doses de reforço monovalentes, respeitando o intervalo de quatro meses da dose mais recente recebida. Ou seja, as vacinas que já estão disponíveis no mercado continuam sendo de extrema importância para a imunização de cada um.

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Quem pode tomar a vacina?

A partir de hoje, ela estará disponível para toda a população brasileira em postos de saúde de cada município, porém, num primeiro momento, segundo o Ministério da Saúde, apenas idosos com 70 anos, pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILPI's) a partir de 12 anos, abrigados e os trabalhadores dessas instituições; comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, além de imunocomprometidos, estão aptos para receber a dose do imunizante.

Gestantes e puérperas, bem como, trabalhadores da saúde e pessoas com deficiência também vão receber a vacina nas próximas etapas de escalação de grupos do governo.

Entretanto, algumas capitais do país vão seguir seus próprios modelos de calendário de vacinação. A capital do Rio de Janeiro, por exemplo, as vacinas serão destinadas aos idosos com 85 anos ou mais e pessoas imunocomprometidas acima de 60 anos. No decorrer da semana a faixa etária vai diminuindo até chegar aos idosos com 70 anos ou mais e pessoas imunocomprometidas com 12 anos ou mais no sábado (04/03).

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Em Salvador e Belo Horizonte, a primeira fase da campanha vai contemplar idosos com 80 anos, enquanto que em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Saúde inicia a aplicação da vacina bivalente em pessoas com 90 anos ou mais.