Conselheiros de Lula desaprovam falas 'polêmicas' na Argentina
Posicionamento do presidente sobre questões econômicas não foi bem recebido
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi criticado pelos próprios conselheiros por algumas declarações dadas durante sua passagem pela Argentina nesta semana.
De acordo com informações da coluna de Igor Gadelha no portal Metrópoles, estes assessores desaprovaram as falas do presidente sobre questões econômicas.
As declarações mais criticadas foram defesas:
Do retorno do BNDES ao financiamento de obras de infraestrutura no exterior, algo negado pelo próprio banco
No entendimento dos conselheiros, estes posicionamentos em temas tão polêmicos geraram rusgas "desnecessárias" à imagem de Lula logo nos primeiros dias de governo.
Sem prazo
Ainda segundo os assessores, como não há prazo para o avanço destes planos econômicos, o presidente não deveria sequer citá-los.
Por conta deste episódios, marqueteiros que acompanham Lula prometeram conversar e pedir que ele se contenha nos posicionamentos, especialmente sobre questões econômicas.
Desculpas por Bolsonaro
Na última segunda-feira (23), durante visita à Casa Rosada, sede do governo argentino, Lula pediu desculpas ao povo local por declarações dadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Peço desculpas pelo último presidente do Brasil, que trato como genocida por causa da pandemia, pelas ofensas que fez a Fernández. Eu quero afirmar, amigo e presidente da Argentina, que o Brasil está outra vez de braços abertos para acolher os companheiros argentinos. No negócio, na cultura, no futebol e na manutenção da relação de amizade que temos há tantos anos.”
Em encontro com o presidente argentino, Alberto Fernández, Lula destacou:
O gesto de carinho de Fernández ao visitá-lo na época em que estava detido na Polícia Federal;
A ampliação das relações comerciais entre Brasil e Argentina durante os governos petistas;
A necessidade dos empresários de ambos os países valorizarem a relação Brasil-Argentina;
A importância de manter relações não apenas políticas, como culturais e científico tecnológicas.
“Hoje é o começo de uma grande história. A Argentina será tratada com carinho e respeito que sempre mereceu. Nem o futebol nos dividirá [....] Nós seremos parceiros em todas as horas”, afirmou.