'Contribua com a sua vida para que a gente salve a economia', diz prefeito de Porto Alegre sobre pandemia
Porto Alegre, assim como muitas outras cidades brasileiras, sofrem com a superlotação de leitos em seus principais hospitais. Na última quarta-feira (24), a capital gaúcha viu o Hospital das Clínicas da cidade atingir o máximo de ocupação nas vagas de UTI para Covid-19 e necessitou realizar transferências de doentes para outras alas.
Diante dessa grave crise, Sebastião Melo (MDB), prefeito de Porto Alegre, fez um apelo de colaboração da população para não agravar a crise da pandemia do novo coronavírus.
Leia também:
Bolsonaro diz que novo auxílio emergencial deve ser de R$ 250 por 4 meses
365 dias e 250 mil mortes depois: há um ano, pandemia do coronavírus chegou no Brasil
Um ano da Covid no Brasil: recuperado sem sequelas, primeiro paciente quer seguir anônimo
"Tivemos uma profunda discussão, de fechar parques, praças e orlas. Queremos fazer um apelo à população. Não ocupem os espaços públicos. Nós não vamos, em um primeiro momento, fechar a Orla, mas se a população não atender o pedido do governo, nós vamos fechar. Não gostamos de fazer nada por decreto", disse nessa quinta-feira (25).
No entanto, Melo continuou sua fala dando ênfase na questão econômica de uma forma que gerou reação negativa em diversas redes sociais.
"Contribua com sua família, sua cidade, sua vida, para que a gente salve a economia do município de Porto Alegre", afirmou o prefeito.
Na sequência, Melo pediu para que os hospitais tentem viabilizar mais áreas já pensando em pacientes com quadros mais graves de Covid-19. Segundo ele, a gestão municipal vai arcar com o aumento dos custos.
Nessa quinta-feira (25), o Brasil registrou mais de 1.500 mortes diárias pela pandemia do novo coronavírus. Nessa sexta-feira (26), completa-se um ano da confirmação oficial do primeiro caso da doença do país.