Coronavac para crianças: Anvisa entra na fase final de avaliação
Anvisa entra na fase final de avaliação do uso da Coronavac para crianças
Entidade realizou nesta quinta mais uma reunião com o Instituto Butantan
Diversos especialistas também participaram do encontro
Mais uma reunião entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os representantes do Instituto Butantan foi feita nesta quinta-feira (13) para discutir a possibilidade de aplicação da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.
A Anvisa informou que a análise entrou na etapa final. Com isso, o relatório da área técnica será votado em reunião extraordinária da diretoria colegiada da entidade, mas a data desse encontro ainda não foi marcada.
Neste momento, apenas o imunizante da Pfizer recebeu aval da Anvisa para ser usado na faixa etária de 5 a 11 anos, mas a Agência já começou a avaliar o pedido feito para a Coronavac.
De acordo com a Anvisa, o encontro online e fechado reuniu especialistas da Anvisa, do Instituto Butantan, pesquisadores chilenos, técnicos do laboratório Sinovac China e representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
Os dados apresentados foram detalhados com base nas pesquisas feitas pelo governo chileno durante a aplicação do imunizante em crianças e adolescentes.
A partir da reunião desta quinta, os especialistas irão elaborar pareceres que serão enviados para a Anvisa e, então, os especialistas da Gerência Geral de Medicamentos da Agência darão continuidade à avaliação do pedido feito pelo Instituto Butantan.
Conselhos pedem que vacinação de crianças ocorra de maneira "equânime" nos Estados
A entidade informou ainda que recebeu nesta quinta um documento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) sobre a vacinação de crianças nos Estados.
De acordo com a Anvisa, o comunicado pedia que fosse considerada "a necessidade de garantir que a vacinação contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos aconteça de forma equânime em todos os municípios do país, de acordo com suas particularidades".
"A Anvisa entende que podem existir assimetrias que demandem ajustes de determinadas recomendações, com o objetivo primordial de avançarmos na imunização desse público mantendo-se todos os cuidados necessários à inclusão dessa faixa etária na operacionalização da vacinação no Brasil. Nesse sentido, as recomendações são passíveis de ajustes por parte dos estados e municípios", completou a Agência.