Covid-19: Israel adota tecnologia do serviço secreto para conter variante ômicron
Um segundo caso da variante ômicron da Covid-19, detectada na África do Sul e considerada preocupante pelos especialistas, foi detectado, neste domingo, em Israel. Esse fato aumentou ainda mais a preocupação do público depois que um primeiro caso foi anunciado, na quinta-feira (25).
Daniela Kresch, correspondente da RFI em Israel
A pessoa identificada com o segundo caso da variante ômicron viajou até a cidade balneária de Eilat no mesmo ônibus onde estava a mulher considerada a “paciente zero”, uma trabalhadora estrangeira das Filipinas que voltou recentemente do exterior com a variante. Outras 12 pessoas que estavam no ônibus também podem ter se infectado.
Os casos levaram Israel a tomar medidas rápidas, fechando totalmente as fronteiras do país para estrangeiros. O fechamento, que entrou em vigor na madrugada desta segunda-feira, é um baque para o setor de turismo e acontece apenas quatro semanas depois da reabertura do país aos turistas. Ele ocorre bem na época das festas de fim de ano, principalmente o Natal, quando Israel costuma receber dezenas de milhares de peregrinos cristãos.
O primeiro-ministro, Naftali Bennett, afirmou que fechar as fronteiras do país “não é um passo fácil”, mas que se trata de uma medida “temporária e necessária”. Ele prometeu recompensar os profissionais do turismo no país, mas não disse como.
Além do fechamento das fronteiras, o Gabinete do Coronavírus – um comitê interministerial que tem tomado decisões relacionadas à pandemia de Covid-19 – anunciou várias medidas, que vão durar pelo menos duas semanas.
Também ficarão mais severas as regras do “Passaporte verde”, o documento que só os inoculados com três doses podem ter.
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