Covid-19: mais de 60% dos chineses desistem de viajar no feriado do Dia do Trabalho
No primeiro dia de um fim de semana prolongado por causa do Dia do Trabalho, Pequim anunciou, neste såbado (30), que vai reforçar ainda mais as medidas de combate à Covid-19. Os chineses geralmente aproveitam essa época para viajar, mas, este ano, os planos de milhares de pessoas foram frustrados. Mais de 70 megalópoles estão confinadas ou semiconfinadas devido a uma explosão de contaminaçÔes.
Com informaçÔes de Stéphane Lagarde, correspondente da RFI em Pequim
Milhares de moradores deverĂŁo permanecer em suas casas devido ao surto mais grave no paĂs desde que o vĂrus foi detectado, no fim de 2019, e da primeira onda da doença, no inĂcio de 2020. Com as drĂĄsticas restriçÔes, poucos chineses viajarĂŁo neste fim de semana. O ministĂ©rio dos Transportes prevĂȘ uma queda de 62% no nĂșmero de viajantes para este feriado de 1Âș de maio.
Para combater a variante ĂŽmicron, que Ă© muito contagiosa, as autoridades chinesas reforçaram a polĂtica "covid zero", que consiste em testes em larga escala e confinamentos assim que sĂŁo detectados os primeiros casos.
Com o uso de megafones, as brigadas de saĂșde convocam a população de Pequim a se testar. Desde a semana passada, os 22 milhĂ”es de habitantes da capital chinesa estĂŁo sendo submetidos a uma campanha massiva de rastreio da doença: um teste de Covid-19 de dois em dois dias, medida que deve continuar durante as fĂ©rias para quem quiser passear nos parques, locais turĂsticos e hotĂ©is chineses.
Um teste negativo de menos de 48 horas serĂĄ exigido para o retorno ao trabalho e Ă escola, se as aulas forem retomadas em cinco dias.
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