CPI da Covid: Capitã cloroquina pede ao STF para ficar em silêncio durante depoimento
Mayra Pinheiro, a "capitã cloroquina", tentará adquirir o direito na Justiça de ficar calada durante CPI
Advogados da média entraram com habeas corpus no STF similar ao do ex-ministro Eduardo Pazuello
Mayra Pinheiro foi responsável pelo incentivo do uso de cloroquina em pacientes com covid-19 em Manaus
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, repetiu a estratégia de Eduardo Pazuello: ela pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para ter o direito de ficar em silêncio durante o depoimento à CPI da Covid no Senado.
Conhecida como “Capitã Cloroquina”, Mayra deve comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito na próxima quinta-feira (20), dia seguinte ao depoimento do ex-ministro da Saúde.
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Segundo informações do Poder360, os advogados de Mayra Pinheiros já entraram com um habeas corpus no STF, parecido com o de Pazuello. Na última sexta-feira (14), o ministro Ricardo Lewandowski decidiu que o ex-ministro pode ficar calado para não precisar responder perguntas que possam incriminá-lo. Outros questionamentos devem ser respondidos.
Médica, Mayra Pinheiro foi a responsável por organizar uma comitiva de profissionais de saúde que foram ao Amazonas, com o objetivo de difundir o uso da cloroquina no tratamento da covid-19. Estudos apontam que o medicamento não tem eficácia contra a doença, enquanto a hidroxicloroquina pode aumentar a mortalidade em pacientes com coronavírus.
Ao Ministério Público Federal, a “capitã cloroquina” afirmou que o Ministério da Saúde incentivou o uso da cloroquina nas visitas de médicos voluntários em Manaus. A viagem aconteceu em janeiro, pouco antes da crise de oxigênio na capital amazonense.